Pagar dois milhões de dólares (cerca de 1,72 milhões de euros) por um exemplar de uma marca italiana de modelos de alta performance (‘hipercarros’), e pedir para que este pareça ter sofrido um acidente?
Foi a exigência do comprador de um Pagani Utopia The Coyote, personalizado especificamente para parecer que já foi danificado.
O Pagani Utopia The Coyote usa uma combinação de gráficos Rosso Monza, Azul e Turquesa sobre a carroceria Bianco Benny, e a ideia é homenagear a icónica pintura da Martini Racing. Até aqui tudo bem… no entanto, o cliente quis mais e pediu listras e marcas pretas que faziam parecer que estavam a pintar o carro, mas que alguém escorregou e a pintura ficou danificada.
O ‘look’ extravagante do carro foi feito de propósito, como o fabricante italiano de supercarros explicou no ‘Instagram’. O interior é igualmente inusitado, com couro preto e azul e tecido vermelho. Certamente não parece sóbrio.
Mas é importante ressaltar que tudo o que se vê no modelo é de propósito: a intenção do cliente, de acordo com a marca automóvel, era obter algo absolutamente único e reconhecível.
No entanto, esta personalização levantou uma questão. A Pagani ficou feliz em atender a esses pedidos, como fez no passado, mas os restantes fabricantes de supercarros fariam o mesmo?
A Ferrari quase certamente teria dito não: é uma marca notoriamente e particularmente feroz neste particular. O construtor italiano de luxo quer manter tudo sob controlo e mantém uma abordagem discreta no seu processo de alocação, mas não é segredo para ninguém que eles reservam o direito de decidir quem vai comprar seus carros. E reservam esse direito com base em vários fatores, incluindo na forma como ‘tratou’ os Ferraris que já teve.
Ou seja, se não gostarem do que o cliente fez com a pintura e o acabamento do carro, eles provavelmente impedirão que o cliente compre modelos de edição limitada no futuro.














