Mesmo que não enfrente dificuldades financeiras imediatas, muitas pessoas acabam por se vir a deitar à noite preocupadas com dinheiro. A terapeuta financeira Megan McCoy, professora na Universidade Estadual do Kansas, explica que existe uma diferença importante entre stress financeiro e ansiedade financeira.
“O stress financeiro é algo palpável, com consequências a curto prazo, como não conseguir pagar o cartão de crédito se não fizer um turno extra”, exemplifica McCoy. Já a ansiedade financeira é mais difusa: “É um receio indefinido de que algo vai correr mal ou de que não terá o suficiente no futuro”, afirma.
Para ajudar os seus clientes a compreenderem e a lidar com esta ansiedade, McCoy utiliza uma ferramenta que designa por “pergunta milagrosa”: “Se acordasse amanhã e, por milagre, a sua ansiedade financeira tivesse desaparecido, o que seria diferente na sua vida?”
A resposta, segundo a terapeuta, não deve focar-se em números na conta bancária, mas sim nas mudanças concretas e emocionais que essa ausência de ansiedade traria.
Ao fazer este exercício, muitas pessoas percebem que as suas preocupações financeiras estão ligadas a outras áreas, como questões familiares, profissionais ou problemas de autoestima — por exemplo, a comparação com amigos ou conhecidos nas redes sociais.
Megan McCoy aconselha uma autoavaliação para reflectir sobre questões como:
- Tenho opções financeiras?
- Sinto tranquilidade ao olhar para as minhas finanças?
- Estou a alinhar as minhas despesas com os meus valores pessoais?
Se as respostas forem positivas, a pessoa pode estar numa situação melhor do que imagina. Caso contrário, pequenos passos concretos podem ser dados para melhorar esta relação, como criar uma poupança destinada a objetivos específicos, como a educação dos filhos ou férias.














