Banco de Fomento considera importante dosear expectativas sobre candidatura a gigafábrica de IA

O presidente do Banco de Fomento disse hoje, em conferência de imprensa, que é importante “dosear as expectativas” sobre a candidatura portuguesa à gigafábrica europeia de inteligência artificial, pois é um dos 76 projetos candidatos.

Executive Digest com Lusa
Julho 17, 2025
16:25

O presidente do Banco de Fomento disse hoje, em conferência de imprensa, que é importante “dosear as expectativas” sobre a candidatura portuguesa à gigafábrica europeia de inteligência artificial, pois é um dos 76 projetos candidatos.

Ainda assim, considerou que Portugal tem a vantagem de ter “só uma candidatura” num consórcio que juntou setor público e parceiros privados e que “a maioria dos países tem candidaturas dispersas”.

Afirmou ainda que uma das forças da candidatura é poder entregar em 2027/2028 a fábrica concluída porque hoje já há polo em Sines com centro de dados instalado e energia competitiva.

“Temos uma candidatura forte que sabemos que é muito competitiva mas também sabemos que há 76 candidaturas e mais de 20 países a bordo”, afirmou.

O Banco Português de Fomento em conjunto com privados entregou à Comissão Europeia uma proposta de candidatura para tentar atrair para Sines uma gigafábrica de inteligência artificial (IA), com um investimento previsto de 4.000 milhões de euros.

Hoje, o Banco de Fomento apresentou os resultados do primeiro semestre, período em que teve lucros consolidados de 8,9 milhões de euros, menos 18% do que os 10,9 milhões de euros do primeiro semestre de 2024, foi hoje anunciado em conferência de imprensa.

O grupo Banco Português de Fomento (100% detido pelo Estado português) foi criado com o objetivo de promover a modernização das empresas e o desenvolvimento económico do país, financiando investimentos com empréstimos e participando em projetos como acionista. O Banco Português de Fomento também gere recursos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

No início do ano, o então ministro da Coesão Territorial, Castro Almeida, defendeu no parlamento que o Banco de Fomento não teve o impacto esperado e prometeu relançá-lo.

Na conferência de imprensa de hoje, em Lisboa, os administradores do Banco de Fomento deram informações sobre os investimentos que o banco tem feito e o presidente executivo, Gonçalo Regalado, disse que a sua equipa está a executar “a mudança de que o banco precisa e o país merece” e que agora o banco decide os processos em tempo adequado.

“Há rapidez, celeridade e sentido de urgência total em todas as equipas do banco”, disse o gestor.

Gonçalo Regalado deu ainda vários dados sobre o trabalho do Banco de Fomento nos últimos meses.

Nas linhas de financiamento BPF Invest EU o banco recebeu 4.500 milhões de euros em pedidos de empresas, foram aprovados 2.400 milhões de euros e já transferiu 1.400 milhões de euros.

Na linha BPF Invest Export (de apoio a empresários no seguimento das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos), disse Regalado que desde 25 de junho foram recebidos 1.100 milhões de euros em candidaturas, foram aprovados 400 milhões de euros e transferidos para já 12 milhões de euros.

O Banco de Fomento tinha 596 funcionários em junho e prevê continuar o reforço da equipa particular áreas tecnologia, controlo e risco.

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