A nova tabela de IRS, aprovada esta semana na especialidade na Assembleia da República, vai beneficiar praticamente todos os contribuintes portugueses, com exceção daqueles que, por terem rendimentos muito baixos, já não pagavam imposto.
A medida reduz as taxas entre o primeiro e o oitavo escalão, com cortes que variam entre os 0,4 e os 0,6 pontos percentuais. O impacto será sentido sobretudo a partir de agosto ou setembro, quando o Governo aplicar a redução nas taxas de retenção na fonte, aumentando o salário líquido mensal dos trabalhadores por conta de outrem.
As simulações realizadas pela PwC para o Público mostram que os ganhos são proporcionais ao rendimento: quem aufere 900 euros mensais terá uma poupança de 7,56 euros ao ano, enquanto quem ganha 1500 euros mensais poupará cerca de 82,69 euros. Já para salários mais elevados, como 2500 euros por mês, a redução anual é de 166,19 euros. Apesar de a taxa marginal do último escalão se manter inalterada, os contribuintes com rendimentos mais altos também beneficiarão, uma vez que parte dos seus rendimentos será tributada a taxas inferiores.
A proposta de redução do IRS deverá ter votação final no plenário esta quarta-feira, contando com o apoio do PSD, Chega, Iniciativa Liberal, CDS, PAN e JPP, e a abstenção do PS.














