A União Europeia pretende armazenar equipamento médico essencial e vacinas para prevenir futuras crises de saúde e criar uma rede para facilitar a coordenação entre os países da União Europeia, indicou esta quarta-feira a comissária europeia para Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Hadja Lahbib.
De acordo com a agência ‘Reuters’, o bloco dos 27 ainda está marcado pela memória da pandemia da Covid-19, quando enfrentou uma escassez de vacinas e máscaras de proteção. “Precisamos de uma estratégia a longo prazo para garantir que os fornecimentos essenciais que mantêm a sociedade a funcionar estão sempre disponíveis”, disse a comissário europeia.
No âmbito das Estratégias de Armazenamento e Contra-medidas Médicas da UE, a UE elaborará uma lista prioritária de equipamentos médicos a armazenar na Europa, incluindo vacinas, produtos terapêuticos, diagnósticos e equipamentos de proteção individual.
A UE vai duplicar os investimentos em Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA), para 200 milhões de euros até 2027, indicou Lahbib, apontando que a Comissão Europeia também lançará um Acelerador de Contra-medidas Médicas para servir como um balcão único para ajudar as empresas a aceder a financiamento para desenvolver tecnologias de saúde.
Será criado um Sistema Sentinela Europeu e Global de Águas Residuais para recolher amostras dos aeroportos europeus para detetar focos de doenças e monitorizar em tempo real a evolução dos surtos.
No âmbito da Estratégia de Stocks, a UE irá desenvolver uma Rede de Stocks com os Estados-membros para coordenar as suas iniciativas e evitar o financiamento duplicado. “Sabemos que alguns países estão a fazer stock por conta própria, mas não sabemos quem tem o quê. O primeiro passo é trocar informações”, concluiu Lahbib.













