As receitas da banca grossista global poderão crescer até 15% até 2028, com destaque para um possível reforço do papel da Europa e da Ásia face ao domínio histórico dos Estados Unidos.
A conclusão é do relatório anual da consultora Oliver Wyman e do banco de investimento Morgan Stanley, intitulado Defying Gravity: Can Non-US Wholesale Banks Win in the New World Order?, que apresenta três cenários distintos para o setor.
A banca grossista – que serve empresas e grandes instituições – tem sido dominada pelos Estados Unidos desde a crise financeira. Atualmente, os seis maiores bancos norte-americanos concentram 44% das receitas globais do negócio principal e 32% das receitas totais do setor. Mas este equilíbrio poderá mudar, segundo o estudo, numa era marcada por tensões geopolíticas e crescente fragmentação económica.
O cenário mais otimista traçado pelo relatório antecipa o surgimento de um “mundo multipolar”, em que os mercados de capitais da Europa e da Ásia registam crescimentos de 22% e 21%, respetivamente, até 2028 – muito acima dos 5% projetados para os EUA. Esta transformação exigiria, no entanto, uma ação política coordenada para remover barreiras e reforçar os mercados financeiros fora do espaço norte-americano.
Os outros dois cenários previstos incluem, por um lado, o reforço da liderança norte-americana, que poderia alcançar 53% das receitas globais, e, por outro, uma contração generalizada da atividade, com uma quebra de 4% nas receitas globais da banca grossista, num ambiente de elevada incerteza económica.












