Universidade do Porto, sede do INEM e Banco de Portugal alvos de buscas devido a suspeitas de corrupção com fundos europeus

Operação, com mais de 300 inspetores, estende-se pelo país, sendo que a Universidade do Porto é uma das visadas

Francisco Laranjeira
Julho 8, 2025
9:58

A Polícia Judiciária, em parceria com a Procuradoria Europeia, está a realizar, na manhã desta terça-feira, uma operação de combate à corrupção e à fraude na obtenção de fundos europeus.

A operação, com mais de 300 inspetores, estende-se pelo país – estão a ser cumpridas mais de 50 buscas domiciliárias e não domiciliárias – sendo que a Universidade do Porto é uma das visadas, mas também o edifício sede do INEM, em Lisboa – assim como o centro de formação do instituto -, além do Banco de Portugal e a Universidade de Coimbra, que estão a ser alvo de buscas.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) já confirmou a presença da Polícia Judiciária nas instalações em Lisboa.

Mais: a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a Casa da Música, a Águas de Douro e Paiva, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, o ISCTE e também a Brisa, reforçou o jornal ‘Expresso’.

A operação da Polícia Judiciária foi batizada de ‘Nexus’, sendo que é a segunda vez em apenas três meses que o Banco de Portugal é alvo da Polícia Judiciária: em causa estão 20 milhões de euros em compras de hardware e software, incluindo empresas de cibersegurança.

O esquema terá lesado o Estado e a União Europeia em largas dezenas de milhões de euros. Em causa estão contratos da área informática, venda de sistemas informáticos, crimes de corrupção ativa e passiva, fraude na obtenção de subsídios, viciação das regras de contratação pública. Há várias empresas privadas sob a mira das autoridades.

Segundo a ‘CNN Portugal’, que avançou a notícia, em causa estão alegadas fraudes na obtenção de subsídio de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sendo que altos quadros da universidade da Invicta estão a ser alvo das autoridades.

As buscas – coordenadas pela Diretoria do Norte da Polícia Judiciária em articulação com o Ministério Público e a Procuradoria Europeia – estão a incidir, em grande parte, no norte do país, em particular sobre departamentos concretos da Universidade do Porto, que teriam participado na viciação das regras da contratação pública.

[notícia atualizada as 10h53]

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