Episódios como as agressões a Adérito Lopes, ator do teatro A Barraca, na passada terça-feira, são reflexo de uma “tendência” europeia para movimentos violentos, explicou Felipe Pathé Duarte, membro da estrutura de missão da Comissão Europeia para a prevenção da radicalização e dos extremismos violentos, citado pela rádio ‘TSF’, não descartando a possibilidade de banir os grupos de extrema-direita.
“Há uma tendência europeia para a manifestação violenta”, indicou o professor na Nova School of Law, responsabilizando “determinadas perspetivas político-ideológicas, neste caso de extrema-direita”.
Este movimento europeu, afirmou, já atinge o nosso país. “Inevitavelmente Portugal não ficará de lado”, garantiu, lembrando um “ponto extremamente complicado para as autoridades”. “Este tipo de violência tem uma determinada perspetiva de atratividade, para determinados indivíduos e grupos. A partir do momento em que alguém abre essa porta, a possibilidade da réplica é significativa”, defendeu.
De acordo com o especialista, há caminhos para travar estes fenómenos, tais como o “acompanhamento, monitorização e partilha de informações, com uma perspetiva mais ampla e mais concreta”. Mas a possibilidade de banir estes grupos deve ser estudada. “Obviamente. Estamos a falar de um grupo num âmbito criminal e, portanto, todas as ações que bloqueiam este grupo são benéficas.”














