A Administração Trump prepara-se para começar a transferir centenas de europeus que estão ilegalmente nos Estados Unidos para a base militar americana na Baía da Guantánamo, em Cuba, revelou esta quarta-feira a publicação ‘The Washington Post’.
Este europeus fazem parte de um contingente de milhares de estrangeiros indocumentados de diversas nacionalidades. Entre elas, cidadãos da Grã-Bretanha, Itália, França, Alemanha, Irlanda, Bélgica, Países Baixos, Lituânia, Polónia, Turquia e Ucrânia, além de outras partes do mundo, incluindo vários do Haiti.
De acordo com a publicação, “é improvável que o Governo informe os Governos estrangeiros sobre as transferências iminentes”, mesmo que elas incluam aliados dos EUA, como Grã-Bretanha, Alemanha e França.
Atualmente, as autoridades governamentais dizem que estão em marcha os testes médicos em 9 mil pessoas para determinar se estão saudáveis o suficiente para serem enviadas para a Baía de Guantánamo, uma prisão notória para suspeitos de terrorismo e outros capturados nos campos de batalha após o 11 de setembro.
A imprensa americana questionou a capacidade das instalações para acomodar tantos novos detidos. No entanto, o Governo Trump sustentou que o plano é necessário para libertar os centros de detenção do país, que ficaram superlotados devido à promessa do presidente Donald Trump de implementar a maior deportação de migrantes sem documentos da história dos EUA. Em janeiro último, Trump já havia anunciado que enviaria até 30 mil migrantes para as instalações.
A Itália foi o primeiro país a responder a Trump: os imigrantes italianos indocumentados nos Estados Unidos “não devem” ser enviados para a Baía de Guantánamo porque a Itália já informou o Governo americano de que está disposta a “repatriá-los”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros Antonio Tajani esta quarta-feira.
“A Itália já informou ao Governo americano que está disposta a acolher de volta os irregulares, com total respeito aos seus direitos individuais e assistência consular. Portanto, não deve haver possibilidade de italianos serem levados para Guantánamo”, explicou o responsável transalpino.














