Esta terça-feira vai para a rua uma manifestação da luta antirracista e a FAR-Frente Anti-Racista, em colaboração com a Vida Justa, na Rua Garret em Lisboa, local onde Alcindo Monteiro foi brutalmente assassinado por um grupo de skinheads neonazi em 1995.
A manifestação marcada para 14h30 conta com o apoio de outras organizações como a Plataforma Nacional Pelos Direitos Ciganos Em Portugal, Casa do Brasil de Lisboa, A Voz do Operário, Climáximo, Ilga Portugal, Bloco de Esquerda, JCP, entre outras. Depois da manifestação, segue-se o Arraial Antirracista, com comida e muita música.
Em 2024, centenas de pessoas encheram o largo do Intendente, em Lisboa, num arraial multicultural contra o racismo e a xenofobia, no mesmo dia em que esteve agendado um protesto de extrema-direita “contra a islamização”.
No arraial, onde participam mais de meio milhar de pessoas e que foi acompanhado por um forte dispositivo de segurança, ouviram-se palavras de ordem como “racistas, fascistas não passarão” e “abaixo Mário Machado” e viram-se cartazes com mensagens como “facho, és o único estrangeiro do bairro” ou “todos os imigrantes são bem-vindos”.
António Tonga, membro do coletivo Consciência Negra, explicou que este encontro serviu para “festejar a diversidade e a multiculturalidade” e “alertar para os discursos de ódio e divisórios”. “Cinquenta anos depois do 25 de Abril é preciso lutar para afirmar esse 25 de Abril e quais são os valores para a sociedade que nós queremos”, afirmou o ativista.
