Trabalhadores das IPSS fazem hoje greve: concentração está agendada para esta tarde no Porto

Hoje ainda, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) promove uma concentração dos trabalhadores das IPSS, a partir das 14.30h, no Largo do Terreiro (próximo da sede da CNIS), no Porto

Executive Digest
Maio 23, 2025
7:00

Os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) irão estar em greve esta sexta-feira, pelo período de 24 horas, para exigirem aumentos salariais, respeito pela contratação coletiva e melhores condições de vida e de trabalho.

Hoje ainda, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) promove uma concentração dos trabalhadores das IPSS, a partir das 14.30h, no Largo do Terreiro (próximo da sede da CNIS), no Porto.

“Ao longo dos anos, assistimos a uma recorrente desvalorização do trabalho e dos trabalhadores deste sector, assente nos baixos salários e nas deficientes condições de trabalho, impostos pelas entidades patronais, no exercício de funções que são indispensáveis às populações em geral e aos cidadãos mais vulneráveis em particular”, explicou o sindicato, em comunicado.

“Os sucessivos Governos, através dos Acordos de Cooperação celebrados com a CNIS e outras entidades do sector social, desvinculam-se da sua responsabilidade em garantir a valorização dos salários e um emprego digno para os largos milhares de trabalhadores das IPSS”, reforçou. “A mais recente contra-proposta de aumentos salariais apresentada pela CNIS à FNSTFPS, no decurso do processo de revisão do Contrato Coletivo de Trabalho, aponta para uma atualização dos salários que manterá grande parte dos trabalhadores com uma remuneração mensal muito próxima do SMN, o que para esta Federação é inaceitável”, concluiu.

Para este sábado, os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) também anunciaram uma greve de 24 horas, para exigirem um aumento dos salários de pelo menos 80 euros e 35 horas de trabalho semanais.

“Após três meses de negociações, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) volta a propor salários mínimos para trabalhadores de exigência máxima. Por isso, voltamos à rua”, refere o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal(Cesp) no qual é anunciada a paralisação.

A coordenadora do Cesp, Ana Paula Quintela, disse esta quinta-feira à Lusa que trabalham 200.000 pessoas nas IPSS e que nas negociações foram feitas “propostas de salários mínimos ou pouco mais do que isso”.

A dirigente considerou que os trabalhadores se queixam de serem vistos como trabalhadores de pouca importância pela CNIS e pelo governo.

O sindicato referiu outras exigências como “a semana das 35 horas de trabalho para todos” e o “direito à conciliação dos horários de trabalho com a vida familiar”

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