Toyota ‘domina’ Rali Dakar 2025 e garante dois lugares mais altos do pódio
O Rali Dakar 2025 terminou não só com a vitória da Toyota, mas também um segundo lugar na geral para Henk Lategan e Brett Cummings #211 da TOYOTA GAZOO Racing (TGR). A equipa de trabalho da GR Hilux EVO liderou a corrida durante 9 etapas, mas acabou por perder para Yazeed Al Rajhi e Timo Gottschalk na sua Toyota Hilux por apenas 3min 57seg, após duas semanas de corrida na Arábia Saudita.
Para Al Rajhi, da Arábia Saudita, foi um sonho tornado realidade vencer o Rali Dakar em casa, e o piloto de Riade agora também lidera a classificação do Campeonato do Mundo de Rally-Raid 2025 (W2RC), uma vez que o Rali Dakar é a primeira ronda do campeonato. Com o Rali Dakar terminado, Al Rajhi lidera o W2RC com 70 pontos, com o seu rival mais próximo, Henk Lategan, com 55 pontos. A Toyota lidera a classificação dos construtores do W2RC após a ronda inaugural, com 34 pontos de vantagem sobre a equipa que ocupa o segundo lugar.
A Dupla Lategan/Cummings não escondeu as suas aspirações ao título quando venceu o Prólogo do Rali Dakar em Bisha, antes de assumir a liderança geral da prova na Etapa 2. Mantiveram a liderança durante oito etapas consecutivas, antes de a cederem brevemente a Al Rajhi durante uma etapa. A dupla sul-africana recuperou a liderança na etapa seguinte, mas isso colocou-os em desvantagem em termos de posição na estrada para a penúltima e decisiva etapa.
No final, acabaram por se contentar com o segundo lugar, dando à Toyota a cobiçada “Dobradinha” final na mais dura prova de rally-raid do mundo.
O californiano Seth Quintero e o seu copiloto alemão Dennis Zenz (#204) foram a segunda equipa mais rápida da TGR na etapa final. A dupla fez uma corrida conssistente e superou vários desafios para trazer a sua Toyota GR Hilux EVO ao fim em 9º lugar, a apenas 2h 20min 4s atrás dos vencedores. Se não fosse um problema de pneus na Etapa 4, o jovem americano poderia ter terminado nos lugares cimeiros. Ainda assim, termina o Rali Dakar com um Top 10, duas vitórias em etapas, bem como 28 pontos para o W2RC.
O brasileiro Lucas Moraes e o copiloto Armand Monleon (#203) começaram a sua campanha no Dakar 2025 em boa forma, pressionando pela liderança nas primeiras etapas do rali. No entanto, um problema técnico com um dos amortecedores da sua Hilux custou-lhes tempo significativo durante a Etapa 6 e nunca conseguiram recuperar a partir desse ponto. Uma penalização fez com que descessem na classificação e ficassem fora da competição, mas o piloto brasileiro e o seu copiloto espanhol continuaram a lutar pelas vitórias na etapa.
A sua tenacidade foi recompensada quando não só recuperaram para vencer a Etapa 7 do rali, como repetiram o feito na etapa de encerramento do rali. Com duas vitórias em etapas do Dakar, estão com 18 pontos na classificação do W2RC e registaram um 15º lugar na geral do Rali Dakar.
Os últimos classificados da TGR foram o jovem sul-africano Saood Variawa e o seu copiloto francês, François Cazalet. Variawa tornou-se o mais jovem vencedor de uma etapa na Classe Ultimate ao vencer a Etapa 3 da prova, mas uma colisão na Etapa 2, bem como um problema técnico mais tarde na prova, custaram-lhe caro. Ele foi classificado em 29º lugar, 9h 29min 56s atrás dos líderes. Mesmo assim, somou 13 pontos para a sua campanha no W2RC e vai tentar melhorar este resultado na segunda ronda do campeonato.
Duas equipas da TGR não conseguiram completar o Rali Dakar 2025. O primeiro a retirar-se foi a dupla de veteranos Giniel de Villiers e Dirk von Zitzewitz, que teve de parar a corrida após a Etapa 6, quando Von Zitzewitz desenvolveu uma dor extrema no pescoço a meio da etapa. Ele foi examinado após a etapa e considerado incapaz de continuar, desta forma sendo a primeira desistência do Dakar para De Villiers numa carreira que acumula 22 partidas.
A segunda desistência foi a de Guy Botterill e Dennis Murphy, que tinham efetuado uma corrida estável até à Etapa 9. Tinham perdido várias horas no início da corrida devido a um problema no amortecedor, mas sofreram um acidente na Etapa 9 que pôs fim ao seu rali.
Na globalidade, a Toyota venceu todas as etapas da prova, exceto quatro de 12 etapas, bem como o Prólogo em Bisha. A Toyota também ocupou quatro lugares no Top 10 da geral final, incluindo o primeiro e o segundo lugar. Este foi um desempenho poderoso da marca, sublinhando a qualidade, durabilidade e fiabilidade pelas quais a Toyota Hilux é famosa. No entanto, a equipa vai continuar a melhorar o carro, como parte da filosofia da Toyota de criar carros cada vez melhores, não só para o desporto motorizado, mas também para os seus clientes.