Trabalhadores na Grécia saem hoje à rua em greve geral que vai paralisar o país
As greves varreram a Grécia na semana de 21 de outubro último, devido ao protesto dos trabalhadores contra as medidas de austeridade impostas pelo Governo do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis: foram exigidos aumentos salariais, acordos coletivos reforçados e a reversão das reformas dos serviços públicos, especialmente nos cuidados de saúde e na educação.
As ações em todos os setores – incluindo hotelaria, metalurgia, transportes, logística e educação – criaram um impulso para a greve geral que vai decorrer esta quarta-feira, que deverá demonstrar a frustração do público com a deterioração das condições de trabalho e de vida.
A ação de greve anunciada pela GSEE, a Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos, e pela ADEDY, a Federação dos Funcionários do Setor Público, irá paralisar os transportes públicos – já os reformados estão a planear uma manifestação para esta sexta-feira.
A Federação dos Médicos Hospitalares da Grécia (OENGE) também participará na greve desta quarta-feira, destacando a escassez crítica de médicos nos hospitais públicos e os desafios que os doentes enfrentam quando tentam submeter-se a exames médicos essenciais.
Segundo a publicação ‘To Vima’, esta quarta-feira os trabalhadores do setor público deverão realizar uma marcha no centro de Atenas – e noutras cidades – às 13 horas locais. Os funcionários do setor público, que incluem professores do ensino básico e secundário, exigem aumentos salariais, acordos coletivos de trabalho, a abolição da taxa de desemprego de 2%, uma dedução fiscal de 12 mil euros e a reposição dos 13º e 14º salários.
Nesse propósito, a Federação Pan-Helénica dos Marinheiros convocou para os portos gregos uma greve de 24h para esta quarta-feira. A suspensão dos serviços poderá afetar tanto o transporte de mercadorias como o de passageiros, no que diz respeito a todas as categorias de navios.