Futuro da sustentabilidade empresarial: Integração de parceiros e tecnologia para uma estratégia ESG bem sucedida e diferenciada

Por: Ana Serra, DoGood People Portugal

Nos últimos anos, as empresas têm sofrido uma crescente pressão por parte da sociedade, das políticas internacionais e dos organismos financeiros para adotarem práticas responsáveis.

A sustentabilidade torna-se assim prioritária e um imperativo para garantir a viabilidade corporativa a longo prazo. Neste contexto, as estratégias de responsabilidade social evoluíram para uma abordagem holística que mede o impacto ambiental, social e de governança ou ESG de uma empresa, cuja adoção e execução efetiva e diferenciada só é conseguida através da integração inteligente de 3 elementos-chave: o objetivo da empresa, a tecnologia e o talento humano.

Num mercado cada vez mais consciente, uma estratégia de sustentabilidade não se pode limitar a cumprir a regulamentação ou as exigências dos consumidores, mas sim assumir um papel ativo no posicionamento corporativo, como uma parte essencial da sua proposta de valor.

Para alcançar essa evolução, a tecnologia torna-se um pilar fundamental. Desde a utilização da inteligência artificial para otimizar a eficiência energética até à implementação da blockchain para garantir cadeias de abastecimento éticas, a digitalização está a mudar o modo como as empresas medem e gerem o seu impacto ambiental e social. Um dos maiores desafios neste domínio é a recolha e análise de dados ESG.

A integração de soluções tecnológicas permite a monitorização em tempo real de aspetos como as emissões de carbono ou a utilização de recursos naturais, o que melhora a capacidade de adaptação das empresas a mudanças futuras.

Além disso, as ferramentas de Big Data podem também prever cenários e tendências, oferecendo uma vantagem competitiva significativa. Não só melhoram os processos internos, como também facilitam uma interação mais transparente com os consumidores e os investidores. Por meio de plataformas digitais, uma empresa pode demonstrar de forma clara e verificável os seus progressos em matéria de ESG, ganhando a confiança dos seus stakeholders.

No entanto, estabelecer uma estratégia verdadeiramente sustentável é um objetivo que nenhuma empresa pode alcançar sozinha. Neste processo, atores como a cadeia de fornecedores, as comunidades locais e os investidores têm um papel crucial a desempenhar. Uma estratégia bem-sucedida requer uma colaboração eficiente entre colaboradores, parceiros, fornecedores, e clientes que compreendam a importância de estabelecer princípios ESG. Ao integrar estes stakeholders na tomada de decisões e operações, as empresas podem obter um impacto mais significativo e credível.

A escolha de parceiros sustentáveis não só minimiza os riscos ambientais e de reputação, como também promove a inovação. Por exemplo, a colaboração com startups tecnológicas especializadas na medição de ações sustentáveis pode criar uma cultura de trabalho colaborativa que capacita os funcionários, acrescenta valor sustentável à organização e conduz a um ciclo de sucesso em que a colaboração leva a um impacto positivo mais amplo.

No entanto, a implementação de uma estratégia ESG sólida não está isenta de desafios. Em primeiro lugar, exige um investimento inicial tanto em tecnologia como em formação e constituição de equipas para gerir estas mudanças.

Apesar destes desafios, os benefícios a longo prazo são claros. As empresas que desenvolvem uma estratégia ESG bem integrada não só garantem a sua sobrevivência num ambiente regulamentar mais exigente, como também reforçam a sua capacidade de resistência a crises futuras e melhoram a sua competitividade global. Num mundo cada vez mais orientado para a sustentabilidade, não se adaptar pode significar ficar para trás.

O futuro da sustentabilidade empresarial depende da inteligência estratégica e não apenas da ética. A integração efetiva de parceiros que partilham a visão da empresa e a adoção de tecnologias avançadas são fatores-chave para a implementação de estratégias sustentáveis que satisfaçam e, mais ainda, excedam as expectativas.

Uma vez que alcançar este tipo de estratégias não é o final de um processo, mas o início de uma transformação abrangente, as empresas devem estar comprometidas em criar uma proposta diferenciada baseada na sustentabilidade a longo prazo. Algo que surge da cultura de trabalho e da compreensão de cada funcionário, apoiada por tecnologia e alianças estratégicas.

Num mercado onde a sustentabilidade é inegociável, as empresas que a integram no seu ADN não só contribuirão para um futuro mais sustentável, como assegurarão a sua viabilidade a longo prazo, estando assim, na vanguarda da inovação e da liderança empresarial. Esta capacidade de se diferenciarem por meio de estratégias eficazes e tecnologicamente avançadas determinará os líderes empresariais do futuro.

 

Ana Serra é Sales Manager da DoGood People para o mercado nacional. A Ana tem experiência em desenvolvimento de negócio e gestão de contas, tendo trabalhado anteriormente com o The Economist Group, onde geriu clientes em Espanha, Portugal e Magrebe.

 

Sobre a DoGood People

A DoGood People é a solução líder de mercado para as empresas envolverem os seus colaboradores nas suas práticas de sustentabilidade e fazê-los contribuir para os objectivos ESG. A plataforma DoGood permite às empresas traduzir os seus objectivos ESG em pilares de conhecimento de sustentabilidade e ações de impacto concreto para cada departamento e/ou colaborador.

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