A Universidade da Califórnia, Berkeley, localizada na margem leste da Baía de São Francisco, destaca-se como uma das mais prestigiadas instituições de ensino superior do mundo. Reconhecida como a nona melhor universidade global pelo World University Rankings 2024, elaborado pela revista britânica Times Higher Education, Berkeley é um centro de inovação e excelência académica que já formou líderes de algumas das maiores empresas tecnológicas do planeta, incluindo Apple, Google e Intel.
Berkeley é mais do que um simples lugar de formação académica; é um ambiente de inovação e liderança que desempenhou um papel fundamental na formação de figuras icónicas como Steve Wozniak, cofundador da Apple, Eric Schmidt, ex-CEO da Google, e Gordon Moore, cofundador da Intel e criador da célebre “Lei de Moore”. A influência de Berkeley vai além do mundo tecnológico, estendendo-se ao cinema e à literatura, com ex-alunos como Gregory Peck, um dos maiores atores de Hollywood, e Susan Sontag, aclamada escritora e cineasta.
O Papel Fundamental do Jornalismo e a Economia da Informação
O economista americano George Akerlof, professor em Berkeley e vencedor do Prémio Nobel de Economia em 2001, trouxe uma importante contribuição para o entendimento da economia moderna com o seu artigo de 1970, “The Market for Lemons”, publicado na revista The Quarterly Journal of Economics. Akerlof explorou como a assimetria de informação – onde uma parte tem mais conhecimento que a outra – pode levar ao fracasso de mercados, usando como exemplo o setor de automóveis usados. A sua análise demonstrou que, quando os vendedores têm mais informação sobre a qualidade dos produtos que os compradores, os produtos de baixa qualidade acabam por prevalecer, afastando os de alta qualidade. Este estudo lançou as bases para o desenvolvimento do campo da economia da informação.
No contexto do jornalismo, especialmente no setor económico, os profissionais têm a responsabilidade de reduzir essa assimetria, proporcionando informação verificada e acessível ao público. Akerlof, juntamente com outros 18 laureados com o Nobel, contribuiu significativamente para a disseminação de conhecimento em Berkeley, reforçando o papel da instituição como um farol de educação e investigação.
Um Campus Histórico e Prestigiado
O campus de Berkeley, situado numa colina com vista para a Baía de São Francisco, é um dos mais antigos e respeitados dos Estados Unidos, com uma área de 498,7 hectares. A universidade acolhe cerca de 27.000 estudantes de licenciatura e 10.000 de pós-graduação, oferecendo-lhes uma ampla gama de instalações, incluindo bibliotecas renomadas como a Biblioteca Bancroft e laboratórios de investigação avançada, como o Laboratório de Física de Partículas de Berkeley e o Instituto de Ciências da Terra.
Além das instalações académicas, Berkeley também promove uma vida estudantil rica em atividades recreativas e desportivas. O Estádio Memorial da Califórnia, com capacidade para 60.000 espectadores, é a casa dos California Golden Bears, a equipa de futebol americano da universidade, que proporciona aos estudantes e à comunidade eventos desportivos de grande envergadura.
O Custo da Excelência Académica
Frequentar a Universidade da Califórnia, Berkeley, implica um investimento financeiro significativo. O custo total para um estudante que opte por viver numa residência dentro do campus, usufrua do seguro de saúde oferecido pela universidade, pague todas as taxas e tenha uma dieta elevada, pode rondar os 43.682,66 euros por ano. Por outro lado, sem todas estas condições adicionais, o custo desce para cerca de 30.512,67 euros, excluindo despesas de manutenção. A matrícula base para o ano letivo de 2024/2025 está fixada em 14.258,83 euros, com o seguro de saúde para estudantes a ascender a 3.606,79 euros. No entanto, a universidade destaca que “62% dos estudantes de Berkeley recebem algum tipo de ajuda financeira ou bolsa de estudo”, com “38% dos alunos a não pagarem nada do seu próprio bolso”.
Em troca deste investimento, Berkeley oferece uma educação de classe mundial, destacando-se com a melhor faculdade de Educação do mundo e a quarta melhor em Economia e Negócios, de acordo com o Times Higher Education. A universidade obtém uma pontuação global de 95,8 em 100, com destaque para a sua investigação (98,9), corpo docente (95,8) e relações com a indústria (95,4).
Hollywood e Berkeley: Uma Liga de Estrelas
Berkeley não é apenas um local de formação para líderes empresariais e académicos, mas também para ícones de Hollywood. Gregory Peck (1916-2003), um dos mais célebres atores da era dourada do cinema, estudou Literatura Inglesa em Berkeley, onde começou a sua incursão no teatro universitário, uma experiência que lançaria a sua carreira no cinema. Conhecido por papéis icónicos como Atticus Finch em “Matar a Censura” (1962) – que lhe valeu um Oscar de Melhor Ator – e o Capitão Ahab em “Moby Dick” (1956), Peck manteve uma relação próxima com Berkeley ao longo da sua vida. Em 1963, a universidade concedeu-lhe o título honorário de Doutor em Letras, em reconhecimento pelo seu contributo ao cinema e à cultura.
Quadro de Honra de Berkeley
O impacto de Berkeley pode ser medido pela ilustre lista de ex-alunos e docentes que lá se formaram ou lecionaram. Entre eles:
- Susan Sontag – Escritora, filósofa e diretora de cinema.
- Saul Perlmutter – Prémio Nobel da Física.
- George Akerlof – Prémio Nobel da Economia.
- Alex Morgan – Futebolista internacional dos EUA.
- Zulfikar Ali Bhutto – Ex-presidente do Paquistão.
- Steve Wozniak – Cofundador da Apple.
- Eric Schmidt – Ex-CEO da Google.
- Gordon Moore – Cofundador da Intel.
- Shantanu Narayen – CEO da Adobe.
- Chris Pine – Ator de Hollywood.
