Ensaio. Suzuki Swace 1.8 122cv: aliança com Toyota faz chegar híbrido de excelente eficiência

A Suzuki efetuou uma parceria com a Toyota para, de uma forma inteligente, conseguir, por um lado, ter acesso a um dos sistemas híbridos mais eficientes e testados do mercado, mas também para conseguir cumprir com as normas anti-poluição da Europa. 

Para isso, utiliza o Toyota Corolla – um produto aclamado mundialmente – e fez cirúrgicas alterações ao mesmo, que passam pelo pára-choques dianteiro e pelos logotipos da marca. Tudo o resto não é preciso alterar, pois o produto base é suficientemente sólido e atrativo. 

Por mais objetividade que exista no ensaio, existe sempre por parte de quem o ensaia uma pequena e ínfima subjetividade ou, dito de outra forma, resquícios de infância ou do passado. Cresci numa altura em que havia um contingente de viaturas para poderem vir para Portugal e a marca Toyota era uma delas, mas sempre ficou conotada, até os dias de hoje, como uma marca fiável, robusta e racional. E essa memória fica latente em nós! 

Quando dou aulas de comportamento do consumidor falamos da influência de vários fatores e este é um deles. Por isso, é tão importante para uma marca criar um posicionamento (o modo como queremos ser vistos no mercado pelo consumidor) e manter o mesmo, ao longo da sua vida. Hoje, quando falamos de Toyota ou Corolla vem-nos à memória um dos automóveis mais vendidos em todo o mundo. Daí a aposta Suzuki, ser logo à partida, um trunfo! 

Voltando ao ensaio, o Suzuki, principalmente nesta cor branca, é atrativo, conjugado com os faróis bi-led escurecidos, bem como com os vidros posteriores. 

O interior repleto de plásticos moles denota uma qualidade de construção muito boa, assim como dos materiais. O painel de instrumentos totalmente digital e o painel central de oito polegadas, são o exemplo do que é possível fazer com eficiência, num mercado, onde algumas vezes se apresentam soluções sem usabilidade. Na consola central e no tablier encontramos ainda alguns botões físicos.

A posição de condução é boa, a ergonomia idem, o que ajuda com uns bancos de toque desportivo, confortáveis quanto baste. 

O Swace, apresenta-se com um nível de equipamento muito interessante, com bancos e volante aquecido, com o modo elétrico de condução disponível para alguns kms, e três opções de condução – Eco, normal e sport – para além de uma caixa CVT com opção D e B (para maior regeneração).

Confortavelmente instalados, é hora de iniciar o ensaio, com o arranque suave e, onde se nota a boa escola Toyota, numa viatura intuitiva de conduzir e bastante prática, onde não temos de aprender a conduzi-la.  

A direção é mais leve nos dois modos de condução, eco e normal e, mais pesada no modo Sport. Como só existe o motor 1.8, este produz 122cv, conjugando o motor térmico com o modo elétrico e, acreditem, é suficientemente elástico e aprazível de conduzir.

Uma referência para o trabalho efetuado nas suspensões que o tornam bastante confortável, tanto em cidade como em estrada, sem perder precisão em curva. 

Uma nota sobre a excelência deste sistema híbrido onde obtive uma média de 3,4l a uma média de 100km/h, e onde foi difícil em utilização mista atingir os… 5,3l.  

O preço da unidade ensaiada situa-se nos €34.000.

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