Mais de metade dos portugueses tapam a webcam dos computadores para garantir que ninguém os vê do ‘outro lado’
Um estudo recente mostra que 56% dos inquiridos portugueses acreditam que cobrir a webcam dos seus dispositivos é uma forma eficaz de manter a privacidade, enquanto 38% confiam nos modos de navegação anónima para salvaguardar as suas atividades online.
O estudo “Excitement, Superstition and Great Insecurity – How Global Consumers Engage with the Digital World”, revela opiniões controversas dos utilizadores sobre a proteção das suas informações pessoais, e evidenciam a dificuldade contínua em distinguir entre o que é realmente seguro e o que não é no mundo digital.
Apesar de décadas de utilização de dispositivos digitais e do reconhecimento crescente da cibersegurança como uma preocupação crítica, os utilizadores ainda mostram comportamentos contraditórios. Por exemplo, 36% dos inquiridos em Portugal jogam jogos online e enviam dados pessoais para fontes não fiáveis, partilhando posteriormente os resultados nas redes sociais e envolvendo amigos nesta prática arriscada.
O estudo também revela que quase metade dos utilizadores portugueses (49%) está preocupada com a possibilidade de assistentes de voz estarem constantemente a ouvir as suas conversas e a recolher informações pessoais. Para mitigar essa preocupação, 21% dos inquiridos coloca os seus dispositivos em modo de avião durante conversas privadas importantes.
Uma outra conclusão importante é que 38% dos utilizadores acreditam, de forma equivocada, que a ativação do modo de navegação anónima garante a sua invisibilidade online. Contudo, apenas 9% dos inquiridos se arriscam a clicar em hiperligações desconhecidas em aplicações de mensagens, demonstrando alguma cautela.
A Analista de Conteúdo Web da Kaspersky, Anna Larkina, explica: “A nossa investigação sublinha a importância de uma abordagem bem informada sobre a cibersegurança e a privacidade digital. Para garantir a segurança e a proteção dos utilizadores, é essencial manter uma mentalidade crítica e confiar apenas em fontes e factos verificados. Isto implica ignorar técnicas e mitos não comprovados. Além disso, a implementação de uma solução de segurança abrangente que ofereça uma proteção robusta contra uma gama diversificada de ameaças e riscos pode revelar-se inestimável.”