Famílias dos reféns garantem que Israel decidiu “sacrificá-los” para continuar a ofensiva em Gaza

Assim, de acordo com o grupo, o Executivo optou por “recuar-se a um princípio moral fundamental segundo o qual Israel nunca deixaria ninguém para trás e prefere continuar os combates antes de antes de alcançar o objetivo principal de libertar os reféns, abandonados pelo Governo”

Francisco Laranjeira
Maio 31, 2024
14:51

O fórum dos familiares dos reféns do Hamas acusou, esta sexta-feira, o Governo de Israel de ter decidido “sacrificar os reféns” para continuar com a ofensiva militar lançada contra a Faixa de Gaza.

“Os sequestrados, e todo o Estado de Israel, são feitos reféns por aqueles que escolhem os interesses políticos em detrimento dos deveres nacionais”, acusa o Fórum das Famílias dos Raptados e Desaparecidos, em declarações à publicação ‘The Times of Israel’.

Assim, de acordo com o grupo, o Executivo optou por “recuar-se a um princípio moral fundamental segundo o qual Israel nunca deixaria ninguém para trás e prefere continuar os combates antes de antes de alcançar o objetivo principal de libertar os reféns, abandonados pelo Governo”.

O fórum criticou também as recentes declarações do conselheiro de Segurança de Israel, Tzachi Hanegbi, que afirmou durante uma reunião com familiares dos reféns do Hamas que o Governo não chegaria a um acordo para acabar com a ofensiva em troca da libertação dos reféns. Gil Dickmann, cujo primo Carmel Gat está entre os reféns, garantiu que Hanegbi lhe disse que o Executivo só chegaria a um acordo se houvesse um benefício político.

“Ele disse que a forma de conseguir o regresso dos reféns é as urnas dizerem ao Governo que isso será benéfico do ponto de vista política”, acusa. O Governo liderado por Benjamin Netanyahu tem sido alvo de inúmeras críticas pela getaõ da ofensiva contra Gaza, especialmente pelos atrasos nas conversações indiretas com o Hamas para conseguir a libertação dos reféns.

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