A cidade de Veneza lançou uma nova taxa de entrada para turistas, que entrou em vigor no dia 25 de abril. Nos primeiros 11 dias da nova taxa, a cidade italiana arrecadou cerca de 977.430 euros com a venda de 195 mil bilhetes. No entanto, este montante é inferior ao custo de implementação do sistema de reservas, campanhas informativas e verificação de bilhetes, estimado em 3 milhões de euros.
A medida, inicialmente em fase experimental, será aplicada em 29 dias específicos durante os meses de maio, junho e julho, incluindo fins de semana e feriados.
A nova taxa, que visa reduzir a superlotação causada por turistas de um dia, é defendida como uma forma de aumentar os benefícios económicos trazidos pelos visitantes que pernoitam na cidade. No entanto, muitos moradores criticaram a medida, alegando que ela é ineficaz para controlar o número de visitantes e não aborda problemas mais críticos, como a crise imobiliária.
Giovanni Andrea Martini, vereador do grupo municipal “All The City Together”, classificou a medida como um fracasso. Segundo ele, a taxa não reduziu o número de turistas e, em alguns casos, os números de visitantes aumentou em comparação com os anos anteriores, revela a ‘Euronews’.
Alguns sites de notícias têm publicado formas de evitar a nova taxa. O jornal britânico The Guardian mencionou que os adeptos da equipa de futebol de Veneza podem assistir aos jogos sem pagar a taxa. Além disso, visitantes convidados por residentes locais que forneçam um código estão isentos da cobrança. Ativistas até criaram um site para facilitar a partilha de códigos entre amigos e turistas.
Após o período experimental, a taxa pode ser aumentada para 10 euros por dia, com multas de até 300 euros para quem tentar visitar a cidade sem bilhete. A eficácia da medida continuará a ser avaliada, mas as críticas indicam que podem ser necessários ajustes significativos para alcançar os objetivos desejados.














