Trabalhadores da EMEL em greve parcial até quinta-feira

A greve decorre até ao próximo dia 23, por duas horas por turno

Francisco Laranjeira
Maio 21, 2024
6:50

Começa esta terça-feira a greve parcial dos trabalhadores da EMEL, convocada pelo CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, para reivindicar a retoma de negociações.

A greve decorre até ao próximo dia 23, por duas horas por turno.

Em comunicado, a CESP justifica o protesto “devido às promessas não cumpridas pelo Conselho de Administração da EMEL e da Câmara Municipal de Lisboa”. “Os trabalhadores estavam convictos de que o presidente e o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa cumprissem com a sua palavra e tivessem dado orientações para que se desenvolvessem as negociações para um acordo sobre o Caderno Reivindicativo”.

“Infelizmente, o Conselho de Administração da EMEL adotou uma postura intransigente e não marcou reunião para apresentar uma contraproposta que valorize os trabalhadores”.

“Apelamos à participação de todos nos piquetes de greve, junto à base do Marquês de Pombal, nos dias 21, 22 e 23 de maio, das 10 às 12 horas, e das 15 às 17 horas”, conclui.

Para sexta-feira está também já marcado um plenário de trabalhadores, nos Paços do Concelho, pelas 13:30.

Em declarações à agência Lusa, Orlando Gonçalves do CESP explicou que está em causa a negociação do caderno reivindicativo, acusando a administração da EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa) de ainda não ter retomado a discussão com os sindicatos.

Segundo o sindicalista, os trabalhadores continuam à espera que a empresa, detida a 100% pela Câmara de Lisboa, cumpra os compromissos assumidos em 2023 e que não foram implementados.

Além da melhoria salarial, a implementação das diuturnidades é uma das questões que mais preocupa os trabalhadores da EMEL, adiantou Orlando Gonçalves.

“No processo do ano passado, em que chegámos a acordo, ficou apalavrado que este ano seriam implementadas as diuturnidades. O conselho de administração, na última reunião que tivemos, disse que não ia implementá-lo, adiando aquilo que já tinha sido acordado. Não chegámos também a acordo em termos de aumentos salariais”, explicou.

O sindicalista referiu que o processo de negociação com os trabalhadores da EMEL já se arrasta há vários meses, tendo sido proposto aos trabalhadores um aumento de 52,63 euros, contra os 150 euros que são reivindicados.

Relativamente às diuturnidades, Orlando Rodrigues explicou que a ideia é permitir um aumento até 40 euros de quatro em quatro ou de cinco em cinco anos aos trabalhadores.

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