Mark Rutte com caminho aberto para liderar a NATO? Primeiro-ministro holandês tem o apoio de 28 aliados

Entre os parceiros da NATO que demonstraram o seu apoio mais recentemente estão a Turquia – normalmente o aliado mais duro nas negociações da NATO – e a Polónia, que juntamente com os países bálticos aspiravam que a posição fosse para um líder europeu de leste

Francisco Laranjeira
Maio 17, 2024
11:20

Mark Rutte está a caminho de ser nomeado o próximo secretário-geral da NATO para substituir Jens Stoltenberg: o primeiro-ministro em exercício dos Países Baixos já tem a maioria do apoio dentro da organização, incluindo a Turquia, segundo revela esta sexta-feira a ‘Europa Press’.

Mais especificamente: Rutte já tem o apoio de 28 dos 32 aliados, um número que outra fonte aponta serem já 29 – apenas a Hungria e a Eslováquia permanecem indecisos, a par da Roménia, que apresentou o presidente Klaus Iohannis como candidato em março último. Recorde-se que a NATO funciona por consenso, pelo que todos os parceiros devem dar o “sim” ao líder holandês.

Entre os parceiros da NATO que demonstraram o seu apoio mais recentemente estão a Turquia – normalmente o aliado mais duro nas negociações da NATO – e a Polónia, que juntamente com os países bálticos aspiravam que a posição fosse para um líder europeu de leste. Foi nesse sentido que Varsóvia avançou com a candidatura de Iohannis para o cargo de chefe político da aliança atlântica, depois de Stoltenberg deixar o cargo no outono.

Iohannis tem defendido que a Europa de Leste tem “um contributo valioso” a dar nos debates e decisões tomadas no seio da NATO no contexto da guerra na Ucrânia, salientando que a organização precisa de uma “perspetiva renovada”. De qualquer foram, o movimento do presidente romeno não teve muitos progressos, uma vez que os Estados Unidos e os principais aliados europeus já tinham manifestado o seu apoio a Rutte.

Dentro da NATO, a candidatura de Iohannis não deve resistir muito mais tempo, uma vez que a Casa branca quer que a questão da sucessão seja encerrada na cimeira de Washington, em julho, por ocasião do 75º aniversário da NATO.

Jens Stoltenberg deixará o cargo após 10 anos à frente da NATO, durante os quais teve de enfrentar mudanças importantes e coordenar a resposta à anexação ilegal da Crimeia (em 2014) e à invasão russa da Ucrânia.

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