Suécia está pronta para receber armas nucleares americanas “em caso de guerra” com a Rússia

Ulf Kristersson, primeiro-ministro sueco, rejeitou no entanto a presença de tropas e armas nucleares “em tempos de paz”

Francisco Laranjeira
Maio 13, 2024
17:48

A Suécia, através do primeiro-ministro Ulf Kristersson, manifesta esta segunda-feira a sua disponibilidade para acolher armas nucleares dos Estados Unidos “em caso de guerra”, uma questão que, sublinha, mudaria a perspetiva e a posição do país relativamente à possibilidade de alcançar um acordo com Washington sobre o assunto.

Kristersson salienta, em entrevista à rádio pública sueca, que Estocolmo rejeita o envio de tropas permanentes ou de armas nucleares em solo sueco “em tempos de paz”: no entanto, caso rebente uma guerra, “a situação seria diferente”.

“Em caso de guerra, é uma questão diferente. A NATO beneficiaria do ‘guarda-chuva’ que as armas nucleares proporcionariam e que devia existir enquanto a Rússia tivesse as suas próprias armas”, refere.

A Suécia junta-se assim à Polónia, que no passado dia 22 mostrou a sua vontade de aceitar o envio deste tipo de armas para reforçar a segurança da NATO no flanco oriental conforme avança a invasão russa da Ucrânia.

O presidente polaco, Andrzej Duda, admitiu que o destacamento em questão faz parte das negociações entre a Polónia e os Estados Unidos há algum tempo, recordando a existência do programa ‘Partilha Nuclear’, que permite aos Estados Unidos colocar as suas armas em países da NATO sem este tipo de armamento.

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