Lucro da EDP aumenta 17% para 354 milhões de euros no 1.º trimestre
A EDP obteve um lucro atribuível aos acionistas de 354 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 17% face aos 303 milhões registados no mesmo período do ano passado, segundo informação enviada hoje ao mercado.
De acordo com os dados comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP registou um resultado líquido recorrente (que exclui impactos não recorrentes) de 368 milhões de euros, entre janeiro e março, o que corresponde a uma subida de 20% face aos 306 milhões obtidos no mesmo trimestre de 2023.
A elétrica detalhou que o resultado foi “suportado pelo aumento do contributo das redes de eletricidade no Brasil, após o sucesso da OPA sobre a EDP Brasil, que foi concluída em agosto de 2023”.
No primeiro trimestre do ano, a EDP investiu 1.100 milhões de euros em projetos de energias renováveis (4,6 GW de capacidade renovável em construção) e no reforço de redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil, a representar 97% do investimento total.
Naquele período, as energias renováveis representaram 97% da produção total de eletricidade da EDP e as emissões de dióxido de carbono (‘scope’ 1 e 2) apresentaram uma redução de 74% em termos homólogos, acrescentou a empresa.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) recorrente diminuiu 5% para os 1.342 milhões de euros, “refletindo a performance do negócio de geração e comercialização na Península Ibérica, impactado pela menor margem integrada no primeiro trimestre de 2024 face a um nível elevado no período homólogo”.
No segmento eólico e solar, o EBITDA subiu 1% face ao mesmo trimestre do ano passado, “suportado pelos ganhos com transações de rotação de ativos renováveis na América do Norte”, que totalizaram 58 milhões de euros, “e mitigado pela diminuição na produção de energia renovável devido a recursos eólicos abaixo da média, assim como a redução do preço médio de venda de energia”.
Relativamente à atividade de redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil, o EBITDA aumentou 24% em termos homólogos, para 474 milhões de euros, suportado pelo bom desempenho no Brasil.
Naquela geografia, apontou a EDP, o EBITDA aumentou 51% comparativamente ao primeiro trimestre de 2023, “impulsionado por ganhos com a rotação de ativos de transmissão de eletricidade”.
Já na Península Ibérica, o aumento no EBITDA deveu-se ao aumento das receitas reguladas e eficiência na gestão dos custos operacionais.
Os custos financeiros líquidos diminuíram 9% face ao período homólogo, para 236 milhões de euros e, em março, a dívida líquida totalizava 15,9 milhões de euros, “refletindo a aceleração do investimento em energias renováveis e redes de eletricidade, bem como o aumento do défice tarifário parcialmente mitigado pelos 538 milhões de encaixe de transações de rotação de ativos”.
A EDP acrescentou ainda que pagou no dia 08 de maio o seu dividendo anual relativo ao exercício de 2023, no montante de 19,5 cêntimos por ação, o que representa um aumento de 2,6% e um pagamento de dividendos de 63% sobre o resultado líquido de 2023.