Esqueça o ‘tradicional’ das ‘9 às 17h’: estudo aponta que há cada vez mais trabalhadores a ‘cumprir’ horário das 7 às 19 horas
‘Esqueçam’ o típico 9-17h: agora a ‘moda’ é das 7 às 19 horas: de acordo com um estudo, há cada vez mais trabalhadores a chegar mais cedo e a abandonar as suas mesas mais tarde.
A empresa de refrigeradores de água Bevi examinou o uso das suas máquinas – segundo a empresa, 25% das empresas ‘Fortune 500’ têm pelo menos uma Bevi nos seus escritórios – para ter uma ideia de quanto tempo passam os funcionários no escritório.
A empresa com sede em Boston comparou os dados atuais do uso de máquinas dispensadoras de água nos escritórios com os de 2019, quando a maioria dos trabalhadores estava sentada nas suas secretárias, cinco dias por semana – para concluir que os dias dos trabalhadores no escritório são menos, mas mais longos do que antes da pandemia.
“Uma maior parte do horário de expediente ocorre agora antes das 9h e depois das 17h do que antes da pandemia”, observou a empresa, no seu estudo. Os dados mostram que desde 2019 – quando a maioria dos trabalhadores iniciava o seu dia de trabalho entre as 9 e as 10 horas – houve um aumento de 25% no número de trabalhadores que começou a iniciar o dia de trabalho às 7 horas.
Mais de 2% dos trabalhadores chegam ao escritório ainda mais cedo (entre 5h e 7h), em comparação com 0,6% dos trabalhadores antes da pandemia.
A frequência no escritório ainda atinge um pico (10,6%) por volta do meio-dia, antes dos trabalhadores começarem a deixar as suas secretárias. Embora a frequência no escritório seja ligeiramente inferior à tarde do que era em 2019, esta tendência muda subitamente depois das 19 horas, onde a frequência no escritório é significativamente mais elevada do que antes da pandemia.
Embora apenas 0,2% dos trabalhadores ainda estivessem a trabalhar nas suas secretárias às 23 horas em 2019, este número aumentou agora para 0,6%. De acordo com o relatório, uma das razões apontadas pode ser a vontade das pessoas em chegar mais cedo ou sair mais tarde para evitar as horas de ponta. Outra explicação poderia ser que estão a aproveitar ao máximo os seus dias de escritório, visto que agora são menos e mais distantes entre si do que em 2019.
Embora a frequência ao escritório fosse distribuída de forma mais uniforme ao longo da semana de trabalho de cinco dias antes da pandemia, os dados de Bevi mostraram que a maioria dos trabalhadores atualmente mostra a cara às terças e quartas-feiras (68%), com as quintas-feiras logo atrás (66%).
O mundo do trabalho mudou – ou pelo menos muitos esperavam que mudasse. A proliferação do trabalho remoto e híbrido durante a pandemia ajudou significativamente muitos trabalhadores a conciliarem as vidas profissional e pessoal. “Aprendemos muitas coisas com isso sobre a necessidade de flexibilidade, especialmente sobre o facto de que se pode fazer o trabalho, mas não precisa de ser dentro da estrutura das ‘9 às 5′”, explicou, à revista ‘Fortune’, Alicia Iveson, CEO da Hijinks Collective, agência de publicidade.