Hoje é Dia Internacional da Felicidade: três passos que deve seguir para viver feliz de forma plena
O Dia Internacional da Felicidade é comemorado esta quarta-feira, uma efeméride que visa mostrar como este sentimento é fundamental para o bem-estar nas nações – é celebrado desde 2013.
A criação do Dia Internacional da Felicidade surge por sugestão do Butão, um pequeno reino budista localizado nos Himalaias que adota como estatística oficial a “Felicidade Nacional Bruta” em vez do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2012, a proposta foi aprovada por unanimidade pelos 193 estados-membros da ONU (Organização das Nações Unidas), defendendo que a busca pela felicidade é um objetivo humano fundamental.
O Estudo de Grant, realizado pela Universidade de Harvard (Estados Unidos), é uma das pesquisas mais abrangentes alguma vez realizada pelo desenvolvimento humano.
Iniciado em 1938, o projeto acompanhou a vida de 724 homens durante cerca de 75 anos, com o objetivo de compreender os fatores que contribuem para uma vida longa e saudável, bem como os padrões de desenvolvimento ao longo da vida adulta.
Os participantes foram recrutados da própria Universidade de Harvard e dos bairros mais pobres de Boston, incluindo homens de diferentes origens socioeconómicas. Ao longo das décadas, os investigadores recolheram diversos dados, como exames médicos, questionários de saúde mental, entrevistas e informações sobre as suas vidas pessoais e profissionais.
O estudo apontou como ser feliz em todas as áreas da vida. Saiba como:
Reconhecimento da felicidade na vida profissional
Nos últimos anos, houve um reconhecimento crescente da importância da felicidade no ambiente de trabalho e dentro das empresas. As organizações têm percebido que funcionários felizes tendem a ser mais produtivos, criativos, comprometidos e leais, o que pode levar a melhores resultados financeiros e uma cultura empresarial mais positiva.
De acordo com Rodrigo Lang, sócio-fundador da ‘Human SA’, instituição que promove programas de desenvolvimento focados em saúde, felicidade e bem-estar, a importância da felicidade no ambiente profissional não pode ser descurada. “A felicidade não é apenas um estado desejável, é um facilitador de competências humanas essenciais como criatividade, colaboração e resolução de problemas2, salientou, reiterando que alguns gestores e líderes podem até negligenciar a importância da felicidade no quotidiano de seus colaboradores, mas é essencial lembrar que a saúde mental dos funcionários é uma responsabilidade dos superiores. “A felicidade e o bem-estar não só geram um ambiente mais produtivo entre os colaboradores, mas também se estende por toda a rede que compreende as organizações, impactando fornecedores e clientes”, explicou.
Felicidade nos relacionamentos
Segundo a especialista em psicanálise clínica e desenvolvimento humano, Gisele Hedler, existem algumas lições que podem ser tiradas do maior estudo já realizado sobre felicidade humana. Por exemplo, as relações tóxicas drenam a nossa energia emocional e impactam negativamente a saúde mental. É pois preciso saber filtrar os relacionamentos.
“O estudo mostrou que os relacionamentos saudáveis são um dos maiores indicadores de felicidade e saúde a longo prazo. Por outro lado, o isolamento provoca solidão, representando um fator de risco para a saúde, principalmente a mental”, indicou Gisele. Falando de saúde mental, ignorá-la é comprometer a felicidade. “Segundo o estudo, a capacidade de perdoar e soltar ressentimentos está associada a melhor saúde e maior felicidade”, sublinhou.
Desenvolvimento pessoal e a felicidade
A riqueza material não está diretamente ligada à felicidade. Por esse motivo, Lang reiterou que não se deve trabalhar apenas para juntar dinheiro ou ser rico. “Muito pelo contrário, a alegria diz respeito às experiências e relações interpessoais. Elas são as responsáveis por enriquecerem a vida, promovendo satisfação verdadeira e duradoura.”
De acordo com o estudo de Harvard, a resiliência é a chave para enfrentar os desafios da vida, contribuindo para a felicidade e saúde a longo prazo. Já as preocupações em excesso, seja com o passado ou com o futuro, pode aumentar os nossos níveis de ansiedade e insatisfação. Viver o presente melhora a qualidade de vida.
“A falta de atos altruístas diminui a sensação de satisfação pessoal. O estudo evidencia que ser generoso aumenta a felicidade tanto de quem recebe quanto de quem pratica o ato, reforçando laços sociais e bem-estar emocional”, concluiu a especialista.