Nova vaga da Covid-19 já começou e especialistas ingleses dizem que “é altura de voltar à máscara”
Médicos e especialistas do Reino Unido estão “razoavelmente certos” de que o país já enfrenta uma nova vaga da Covid-19, devido a uma sub-linhagem da variante EG.5, que também já é a dominante em Portugal, e sugerem que a população volte a usar máscaras.
As hospitalizações por Covid-19 estão em subida nas últimas semanas, ao mesmo tempo que surgiu uma nova variante, e antes dos reforços da vacina, administrados normalmente no outono, que foram cancelados no Reino Unido por decisão do Governo.
“Sem aumentarmos a vigilância, e perante uma imunidade a decrescer, estamos a viajar para um inverno em estado vulnerável”, alerta Christina Pagel, do Grupo Independente de Aconselhamento Científico em Emergências, em declarações ao Independent.
A responsável indica que esta previsível nova onda de Covid-19, deverá voltar a colocar enorme pressão nos sistemas de saúde, à semelhança do anterior inverno, e recorda o ‘caos’ no Reino Unido, com urgências entupidas e filas intermináveis de ambulâncias.
Já Trisha Greenhalgh, especialista em saúde pública da Universidade de Oxford, afirmou nas redes sociais que “parece que é altura de voltarmos às máscaras”.
“Em situações de risco, eu pessoalmente usaria máscara. Aliás, estou até a evitar determinadas situações, como ir ao cinama”, respondeu, sobre se recomendava a utilização do equipamento de proteção individual.
A nova variante no Reino Unido, a Eris, emergiu este verão e trouxe um aumento de casos de hospitalizações, com os números estimados de novos casos de infeção a aumentarem 200 mil em apenas um mês.
Descendente da Ómicron, a EG.5.1, é a segunda com maior prevalência no país, responsável por entre 10 a 17% do total de casos. Não há para já sinais de que esta variante seja mais perigosa do que outras, mas Pagel alerta que, com a redução das restrições em todo o mundo, e com menos vigilância das autoridades de saúde “uma variante assim pode espalhar-se muito antes de se perceber que é um problema”.