Ensaio. Honda CR-V Black Edition e:HEV: melhorar para celebrar!
A Honda Já tinha estreado a versão ‘normal’ do seu SUV mas, em boa hora, resolveu lançar esta versão Black Edition, com um preço final de 50 mil euros e com bastante equipamento, algum dele específico: as jantes são agora de 18 polegadas em cor negra, a grelha frontal pintada na mesma cor e um interior forrado a pele natural perfurada (e o inconfundível cheiro da mesma).
Em termos de características o Black Edition não traz nada de novo. Mantém o (bom) comportamento dinâmico, a qualidade de construção e dos materiais; todos eles de muito bom nível. Também não se altera o imenso espaço interior nem a capacidade da bagageira, mais do que suficientes para o transporte e férias de cinco pessoas.
O motor que o equipa é um 2.0l de 145 cavalos – a gasolina – mais do que suficiente para o fazer deslocar… a bom ritmo. Sendo um híbrido é de esperar consumos interessantes e, novamente, o CRV destaca-se por isso mesmo, onde mesmo com uma ‘aerodinâmica SUV’ – menos eficiente – e com o peso acrescido da bateria, consegue efetuar consumos a rondar os 6 l a gasolina, seja em autoestrada ou estrada nacional.
Já é norma na Honda e, no CRV em particular, o compromisso entre eficácia e conforto. A marca mantém esse ‘carimbo’ com uma aposta numa suspensão que privilegia o conforto sem com isso retirar eficácia no comportamento. Torna-se prazeroso percorrer as estradas nacionais alentejanas com o mesmo (o AC é também ele bastante eficaz, o que nos dias de calor do ensaio foi deveras útil). Numa das próximas atualizações do modelo seria interessante um ecrã central de maiores dimensões por forma a permitir uma maior interação com os vários comandos.
Raramente nos ensaios que realizo utilizo em permanência o modo Sport ou Confort pois privilegio sempre o modo ECO (ou o modo automático) pois quase sempre é suficiente para o ritmo a que realizo os ensaios. É óbvio que no modo Sport a caixa de variação contínua é mais audível, mas nada de exagerado, sendo que a resposta do CRV é mais intensa. Em termos de insonorização a mesma está muito bem conseguida. O interior é ergonómico e possui bastante espaço, tanto a frente como nos bancos traseiros sendo que, a acessibilidade é também ela muito boa.
Em resumo, a Honda apresenta um SUV nesta roupagem Black Edition que é bom em quase todas as áreas, desde o comportamento, à qualidade de construção, baixo consumo e agradabilidade de condução, a que podemos adicionar os cinco anos de garantia oferecidos pela marca com um competitivo preço de €50.000, associado ao facto de ser classe 1 nas portagens.