Mais 200 mil portugueses vão ter médico de família até ao final do ano, garante ministro

Manuel Pizarro negou ainda que haja uma fuga de médicos do SNS para o setor privado

Revista de Imprensa
Julho 21, 2023
9:39

Manuel Pizarro salientou que, até ao final do ano, mais 200 mil portugueses vão ter médico de família: em entrevista à ‘SIC Notícias’, o ministro da Saúde referiu que Portugal não se preparou para os anos em que muitos médicos se reformaram. No entanto, “neste ano captámos mais de 90% dos jovens especialistas que completaram o internato. Acho que esse é um número muito positivo”.

A expectativa do ministro é que aconteça “progressivamente, mês após mês”, salientando que há uma transformação que vai ser feita que será mais atrativa para os médicos. “Faremos uma transformação para as novas unidades de saúde familiar modelo B, que são unidades de saúde familiar em que os médicos são remunerados de acordo com o seu desempenho e isso aumenta a lista de utentes”, explicou Manuel Pizarro, salientando que os hospitais públicos têm atualmente mais 4 mil especialistas do que há sete anos, tentando desfazer o “mito” de que os profissionais de saúde estão a “fugir” para o setor privado.

A direção executiva do SNS está em funções há 9 meses mas ainda não viu os estatutos aprovados pelo Governo – o ministro da Saúde esclareceu que esta foi “a maior mudança na orgânica do sistema”, sendo que ainda faltam decidir que serviços de outros organismos do Ministério da Saúde serão transferidos para o organismo liderado por Fernando Araújo. “Eu próprio desejava que o estatuto estivesse aprovado, mas a verdade é que ele será aprovado nos próximos dias ou nas próximas semanas”, informou, realçando que “nem tudo está a funcionar sempre como desejaríamos, mas tudo o que programámos para funcionar tem funcionado de forma impecável”. A direção executiva “é um belíssimo instrumento para operacionalizar o SNS”.

Por último, as obras na maternidade do Hospital de Santa Maria têm sido criticadas: Manuel Pizarro considerou que estas “eram inadiáveis” para “modernizar as condições de operação” da maternidade. “A obra era incompatível com a manutenção da sala de partos em funcionamento. Felizmente, no caso de Lisboa temos um alternativa que é boa porque o Hospital São Francisco Xavier é um edifício moderno, com boas condições de hotelaria e com bons equipamentos, e que está sobredimensionado para as necessidades das pessoas. Por isso, estamos convencidos que durante este período de meses é possível garantir capacidade de atendimento naquela unidade”, apontou.

Partilhar

Edição Impressa

Assinar

Newsletter

Subscreva e receba todas as novidades.

A sua informação está protegida. Leia a nossa política de privacidade.