Marco Capitão Ferreira, ex-secretário de Estado da Defesa que pediu a exoneração no seguimento de se ver envolvido na Operação ‘Tempestade Perfeita’ da PJ, avisou o primeiro-ministro António Costa da sua demissão na manhã em que viu a sua casa ser alvo de buscas.
Na passada sexta-feira, segundo revela o Correio da Manhã, Marco Capitão Ferreira pediu aos inspetores da PJ e à magistrada do Ministério Púbico que estavam na sua residência para enviar um SMS a António Costa, a avisar para o que se estava a passar.
“Sou arguido por corrupção, tenho de me demitir”, escreveu o ex-governante, antes de o telemóvel lhe ser apreendido pelas autoridades.
No entanto, apesar deste pedido por SMS, não foi Marco Capitão Ferreira quem tratou da carta de exoneração que nessa manhã chegou a Marcelo Rebelo de Sousa, que aceitou o pedido, após lhe ter sido enviada por António Costa.
A carta em questão terá sido redigida pelo Ministério da Defesa, e depois assinada por Marco Capitão Ferreira.
Ainda antes da Operação da PJ , na noite anterior, António Costa já teria avisado Marcelo Rebelo de Sousa que a demissão de mais um membro do Governo seria uma forte possibilidade, mas as diligências da manhã seguinte vieram acelerar o processo.
Recorde-se que Marco Capitão Ferreira foi constituído arguido por crimes de corrupção e participação económica em negócio. É suspeito de participar num esquema que envolvia o antigo diretor-geral dos recursos da Defesa, relativo à contratação do ex-secretário de Estado como assessor, por 70 mil euros, tendo estado em funções apenas quatro dias.














