“PS não aprende nem se arrepende” de “casos e casinhos” e “tem explicações a dar”: Partidos reagem à demissão de secretário de Estado da Defesa

No âmbito da polémica que envolve o secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira que contratou um ‘assessor fantasma’ para a administração da `holding´ da Defesa, IdD – Portugal Defence, e que esta sexta-feira pediu a exoneração, os vários partido com assento parlamentar já começaram a reagir.

Pedro Gonçalves
Julho 7, 2023
11:29

No âmbito da polémica que envolve o secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira que contratou um ‘assessor fantasma’ para a administração da `holding´ da Defesa, IdD – Portugal Defence, e que esta sexta-feira pediu a exoneração, os vários partido com assento parlamentar já começaram a reagir.

Primeiro foi a vez da Iniciativa Libera, que pela voz de Rodrigo Saraiva, pediu explicações a António Costa.

“Convém perceber porque é que Marco Capitão Ferreira pediu esta exoneração”, indicou a IL, que também aponta dedo à ministra da Defesa Helena Carreiras. O partido recordou a “teia de corrupção” que envolveu a nomeação de Alberto Coelho, nome sugerido a Gomes Cravinho por Marco Capitão Ferreira.

O PSD referiu que o o Governo “efetiva e objetivamente, não consegue desenvencilhar-se dos casos e casinhos e casões”, e que está “permanentemente envolvido em questões internas”.

André Ventura, do Chega , considerou o caso “absolutamente escandaloso”, mas que “vem confirmar o expectável”, que o secretário de Estado “não tinha condições para continuar”.

O líder do partido apontou que o agora membro demissionário do Governo “tem explicações a dar”, recordando que foi aprovado o requerimento do chega para que seja ouvido no Parlamento. “Esperamos que esta demissão não seja para impedir que venha ao parlamento, já no passado tivemos casos como este”, avisou Ventura.

Joana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda (BE), referiu “uma sucessão de casos que só podia levar à demissão”, e entre as conclusões retiradas pelo partido aponta que “o questionário que o primeiro-ministro impôs aos membros do Governo, e que era a solução para resolver os casos e casinhos, era uma história para crianças, não resolve o problema de fundo”.

Perante “portas giratórias” com a saída de membros do Governo e “permanentes suspeitas”, o BE considera que o primeiro-ministro “está demasiado distraído par governar o País”, recordando que hoje podia estar a discutir-se outras questões como o pacote Mais Habitação, as vagas nas creches e os problemas na Saúde, como a greve de médicos e a transferência de grávidas do Santa Maria para outros hospitais.

Mais tarde, o deputado do PCP João Dias considerou que a demissão de Marco Capitão Ferreira “peca por tardia”, aguardando mais resultados da investigação em curso e lembrou que o partido tem criticado casos de “cargos que se perpetuam no Ministério da Defesa Nacional e que muitas vezes não abonam a favor da efetiva boa gestão” da tutela.

Os comunistas também consideram que a audição do ex-secretário de Estado na comissão de Defesa, já prevista para a próxima semana, se deve manter.

O primeiro-ministro apresentou ao Presidente da República a proposta de exoneração do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, a pedido do próprio, lê-se numa nota do gabinete de António Costa hoje divulgada.

Na nota, refere-se que António Costa apresentou ao Presidente da República a proposta de exoneração de Marco Capitão Ferreira, “que lhe foi transmitida pela ministra da Defesa Nacional [Helena Carreiras], a pedido do próprio”.

Marco Capitão Ferreira desempenhava as funções de secretário de Estado da Defesa desde o início do atual Governo socialista de maioria absoluta.

Hoje, o Expresso noticia que o secretário de Estado admitiu Miguel Fernandes, ex-administrador do Alfeite, para assessor da administração da `holding´ da Defesa, IdD – Portugal Defence, mas o gestor nunca foi visto a exercer funções nesse local.

*Com Lusa

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