Alunos e professores com mais sintomas de depressão e ansiedade. Raparigas e alunos mais velhos em situação de maior vulnerabilidade

Os alunos e professores portugueses apresentam mais sintomas de ansiedade e depressão, sendo que a idade e o género são fatores com grande peso no estado de saúde mental da população escolar.

Executive Digest com Lusa
Junho 30, 2023
11:35

Os alunos e professores portugueses apresentam mais sintomas de ansiedade e depressão, sendo que a idade e o género são fatores com grande peso no estado de saúde mental da população escolar.

Segundo assinala o Observatório de Saúde Psicológica e Bem-Estar Social, em dois estudos publicados esta sexta-feira, e citado pelo Público, é entre as raparigas e os alunos mais vehos (do ensino secundário) onde “é visível uma diminuição de saúde psicológica e bem-estar”.

O mesmo se verifica entre professores: são os mais velhos, com mais tempo de serviço, e do sexo feminino, os que estão em situação de maior vulnerabilidade da saúde mental.

O primeiro estudo incluiu mais de 8 mil alunos e 1400 professores, com dado recolhidos entre novembro e dezembro do ano passado, para apurar os “impactos da pandemia e das medidas decorrentes”, sendo que a segunda investigação bseou-se num inquérito feito em 60 agrupamentos escolares, entre março e abril deste ano.

As conclusões apontam para um agravamento dos problemas que surgiram na pandemia, com “aumento da sintomatologia depressiva e ansiosa por parte dos alunos, especialmente do género feminino”. Também, entre os grupos identificados como mais vulneráveis, “foram descritas dificuldades ao nível físico e psicológico, menor tolerância à frustração, maior desinteresse, desmotivação e inércia”.

Como efeito, descreve o observatório, verifica-se mais alunos ansiosos, “mais imaturos, inquietos, agressivos e individualistas”.

“A pandemia covid-19 deixou mais marcas nos alunos que não têm um ambiente familiar estruturado”, sublinha o relatório.

Olhando a diferenças entre regiões, é no Algarve que, segundo os estudos há “maior fragilidade da saúde psicológica e bem-estar dos alunos”, potencialmente relacionada com as consequências da Covid-19 no turismo, principal motor económico da região, e com a população migrante ali residente.

Por outro lado, o Norte destaca-se pela positiva, assinalando-se que será efeito do trabalho de proximidade desenvolvido pelas escolas e a criação de um gabinete de emergência social criado e que serviu para apoiar “a saúde psicológica e bem-estar dos seus alunos”.

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