‘Hackers’ pró-russos vendem informação secreta da Nato por menos de um euro

O grupo de piratas informáticos Killnet, de orientação pró-russa, pôs esta segunda-feira à venda uma série de dados sensíveis e secretos que terão sido roubados à Nato.

Pedro Gonçalves
Abril 17, 2023
19:32

O grupo de piratas informáticos Killnet, de orientação pró-russa, pôs esta segunda-feira à venda uma série de dados sensíveis e secretos que terão sido roubados à Nato. Constam nos dados informações sobre armamento, medicamentos ou centros de treino usados pela Aliança Atlântica, e as informações estão à venda por menos de um euro (um dólar, ou seja 0,92 euros).

Os ‘hackers’ afirmam ter informação sobre 17 mil cadetes, os dados de 26 mil utilizadores, usados para aceder ao portal da Nato, informações sobre armamento da Aliança, equipamentos médicos usados e até dados sobre o serviço de imprensa do organismo.

O grupo faz um vídeo ‘teste’ nas redes sociais, para provar que tem de facto as informações sensíveis, onde mostram informações de funcionários da Nato, como nome completo, fotografia, morada, números de telefone e dados do passaporte.

O acesso completo às informações, segundo o grupo Killnet, foi posto à venda inicialmente por 3 Bitcoins (cerca de 81 mil euros), mas que não houve interesse e por isso o valor caiu para um dólar, valor simbólico.

Bruno Castro, especialista em cibersegurança e CEO da VisionWare, que detetou as informações exfiltradas à venda, explica que o objetivo é “criar o pânico e divulgar informações sensíveis da NATO”. À CNN Portugal, o especialista alerta que não será o único caso. “Haverá mais ataques. Provavelmente há ataques que já ocorreram e que só acabarão por ser divulgados no futuro”, defende.

Recorde-se que, no final de março, um grupo de piratas informáticos conseguiu atacar o site da principal sede operacional da Nato, conseguindo tomar o controlod a plataforma durante alguns momentos, incluindo em Portugal.

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