Brexit. Petição online contra novo acordo ultrapassa as 240 mil assinaturas em apenas 48 horas
Uma petição online que pede um novo referendo ao Brexit recolheu 242,977 mil assinaturas em menos de 48 horas, escreve o “The Independent”.
Os signatários da carta apelam a que os cidadãos do Reino Unido e da União Europeia (UE) façam de tudo o que estiver ao seu alcance para que o acordo final proposto pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, seja, de facto, «a vontade do povo».
A petição online surge na sequência da iniciativa People’s Vote, que reuniu centenas de milhares de apoiantes este sábado à porta do Parlamento britânico, em Londres, depois de terem marchado pelas ruas em protesto ao acordo do Brexit.
«Tu tens um grande poder no Reino Unido e na Europa. Mas nós, as pessoas, pedimos-te que honres os novos valores democráticos comuns, dando-nos a última palavra sobre o Brexit. Mais de três anos depois do último referendo, o Brexit passou de uma ideia vaga num boletim de voto para algo real e prejudicial. O último acordo proposto não honra as promessas feitas, nem representa a vontade do povo», lê-se.
Acrescenta-se ainda que, «não queremos que os poderosos imponham ao povo um Brexit que prejudique a economia do Reino Unido e da UE, ameace o processo de paz na Irlanda do Norte e conduza em anos de incerteza e caos». «Por favor, não vire as costas a esta última oportunidade de nos impedir de nos virarmos contra nós próprios. Permitam-nos que digamos se queremos avançar com este Brexit», apelam os autores.
Keir Starmer, “ministro-sombra” do “Brexit” já veio mostrar o seu apoio. «Acrescentem o vosso nome à carta e enviem uma mensagem aos poderosos», disse.
A carta será enviada ao primeiro-ministro britânico, a todos os deputados e ao Conselho Europeu até 31 de Outubro.
Os planos de Boris Johnson, recorde-se, sofreram um revés depois de os deputados britânicos terem votado a favor de uma emenda ao novo acordo negociado entre o líder conservador e Bruxelas, que suspense a votação até que toda a legislação necessária esteja preparada e aprovada. O objectivo? Forçar uma saída sem acordo a 31 de Outubro.