Preços das telecomunicações registam maior subida mensal dos últimos 27 anos: Portugal é um dos países da Europa com maiores aumentos

Preços das telecomunicações em Portugal aumentaram em fevereiro 4,8%, naquela que é a maior subida mensal dos últimos 27 anos, de acordo com dados do regulador do setor (Anacom), com base no Índice de Preços do Consumidor (IPC)

Francisco Laranjeira
Março 23, 2023
13:18

Os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram em fevereiro 4,8%, naquela que é a maior subida mensal dos últimos 27 anos, de acordo com dados do regulador do setor (Anacom), com base no Índice de Preços do Consumidor (IPC) – quando comparado com fecereiro de 2022, houve um agravamento de 3,9%, a maior variação desde dezembro de 2016.

“Considerando apenas os aumentos ocorridos em 2023 (janeiro e fevereiro), Portugal registou o maior aumento de preços das telecomunicações da União Europeia (+ 5,1%)”, sublinhou a Anacom. “Tendo em conta a média nos últimos 12 meses, período em que aumentaram 1,7%, teve a 10ª variação de preços mais elevada entre os países da UE”.

O país onde ocorreu o maior aumento de preços foi a Polónia (+4,9%), enquanto a maior diminuição ocorreu nos Países Baixos (-3,9%).

De acordo com dados do Eurostat, a Anacom reforçou ainda que entre o final de 2009 e fevereiro de 2023, os preços em Portugal aumentaram 13,2%, ao passo que na UE diminuíram 8,8%.

“Esta evolução confirma o défice concorrencial existente no mercado, potenciado pelo regime de fidelizações em Portugal que não tem conduzido a preços baixos. Pelo contrário, Portugal é um dos países da União Europeia (UE) em que os preços das comunicações eletrónicas mais têm aumentado”, alertou.

Em comunicado, a Anacom frisou que Portugal não é apenas um dos países da UE em que os preços mais têm aumentado. “É também um dos países nos quais se paga mais pelos serviços”, apontou – no início de 2023, “o preço mediano por Gigabyte das ofertas de Internet no telemóvel em Portugal era o 2º mais elevado a nível da UE e o 4º mais elevado entre os 50 países analisados”.

Partilhar

Edição Impressa

Assinar

Newsletter

Subscreva e receba todas as novidades.

A sua informação está protegida. Leia a nossa política de privacidade.