Sanofi com “compromisso de disponibilizar inovação, estabelecer parcerias e dialogar com intervenientes da área da saúde” em Portugal
No passado dia 4 de fevereiro o CEO da Sanofi, Paul Hudson, comunicou um novo propósito e uma nova marca para a farmacêutica, juntamente com os resultados da empresa, que faz parte de comunicação integrada a nível mundial.
Francisco del Val, Diretor-Geral da Sanofi Portugal, em entrevista à Executive Digest, falou sobre a nova imagem e propósito como indo ao encontro da estratégia ambiciosa da farmacêutica e apoiando a modernização e transformação anunciadas pela empresa em dezembro de 2019.
“Sentimos esta necessidade de mudança uma vez que a nossa empresa tem raízes numa série de empresas diferentes e ser o produto da associação de muitas culturas, identidades e marcas. A nossa nova marca está enraizada nesta herança e junta, pela primeira vez, esta história diversificada numa única identidade comum que nos permite, a uma só voz, dizer ao mundo o que fazemos – perseguimos o poder da ciência para melhorar a vida das pessoas como One Sanofi”, explica Francisco del Val.
Ao longo dos próximos dois anos, serão ambos implementados em todos os mercados em que interagem, em cerca de 100 países, desde “entidades públicas e privadas, decisores políticos, associações de doentes, sociedades médicas, investidores, parceiros de negócios à comunidade em geral”.
Início do processo de rebranding
Sobre o início do processo de rebranding, Francisco del Val diz que começou no final do verão de 2020, depois da primeira vaga da pandemia de Covid-19, que, inevitavelmente, “foi um momento transformador em que muitas formas de trabalhar e de comunicar foram repensadas e alteradas”.
Movida pelas duas palavras-chave “modernização e adaptação”, a Sanofi procurou uma marca mais icónica, reconhecível e que contasse a sua história de forma mais marcante, uma vez que durante a pandemia, várias outras empresas se tornaram mais conhecidas que os próprios produtos que vendem.
Depois de vários estudos internos, o objetivo era uma Sanofi unificada que deixasse para trás as diferentes marcas dentro da farmacêutica, pois estas causavam confusão e a ideia de que eram várias marcas em vez de serem apenas unidades de negócio de um todo.
Sanofi em Portugal
Sobre Portugal, Francisco del Val explicou que a empresa é uma das principais no mercado nacional, com cerca de 150 funcionários e “com o compromisso de disponibilizar inovação, estabelecer parcerias e dialogar com os diversos intervenientes da área da saúde, contribuindo para a sustentabilidade do sistema nacional de saúde de acesso tendencionalmente gratuito a todos os portuguese ao longo da vida”.
Em Portugal está presente com quatro unidades de negócio: Cuidados Especializados (doenças raras, oncologia e hematologia, esclerose múltipla e doenças inflamatórias), Produtos de Medicina Geral e Familiar (diabetes, cardiovascular, viscosuplementação, sistema nervoso central, ..), Vacinas (ex. gripe) e Consumer Healthcare.
“Localmente o nosso impacto vai também no sentido de agirmos socialmente junto da comunidade ao nível da educação e da promoção da saúde e do apoio a populações vulneráveis, especialmente no conselho de Oeiras onde estamos sedeados”, acrescenta o Diretor-Geral da Sanofi Portugal.
Em termos de crescimento, não só em território nacional mas em todos os mercados em que atua, a Sanofi pretende crescer com “programas digitais de I&D baseados em simulações digitais que reduzirão o tempo de desenvolvimento clínico – começando com uma redução de 20% em 10 ensaios até 2025.
A empresa tem também uma estratégia de crescimento sustentável, onde já reduziu, face a 2015, 27% das emissões de gases com efeito de estufa e pretende reduzir 55% até 2030. Também fazem parte dos objetivos sustentáveis uma utilização de energia 100% renovável em todas as operações globais até 2030, cumprir os compromissos de neutralidade carbónica até 2030, design ecológico para todos os novos produtos e embalagens das vacinas sem plástico em 2027.
Projeções de resultados
Em 2021, as vendas da Sanofi aumentaram 7,1% parra 37,7 mil milhões de euros, sendo que 6,3 mil milhões de euros desse total correspondem a vacinas.
No último trimestre de 2021, as vendas aumentaram 4,1%, para 9,99 mil milhões de euros e o lucro por ação chegou aos 1,38 euros, devido ao mercado robusto das vacinas e também a um medicamento recente para patologias ligadas a inflamações.
Para o presente ano, “Sanofi prevê um crescimento de dois dígitos, na casa dos 10%, alavancado num forte investimento em I&D e nos resultados da sua própria vacina, em colaboração com a GSK, que se espera que sejam divulgados no primeiro trimestre deste ano”, disse Francisco del Val.