Lucros dos maiores bancos dos EUA tiveram forte crescimento no 1.º trimestre
Os bancos norte-americanos JPMorgan Chase, Wells Fargo e Goldman Sachs apresentaram hoje os resultados do primeiro trimestre, com os lucros em alta, graças à melhoria da economia e à boa saúde dos mercados financeiros.
O JPMorgan Chase quintuplicou o lucro para os 14,3 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros), o Wells Fargo septuplicou para 4,74 mil milhões de dólares e o Goldman Sachs apresentou um lucro recorde na sua história de 6,8 mil milhões de dólares.
Perante a crise económica provocada pela pandemia, as instituições financeiras tinham afetado milhares de milhões de dólares a reservas, para enfrentar eventuais créditos malparados dos seus clientes.
Mas as pessoas e numerosas empresas tiveram apoios públicos e as falências acabaram por ser limitadas. E os bancos já estão mais otimistas para os meses seguintes.
Em consequência, o JPMorgan Chase reduziu as suas reservas em 5,2 mil milhões de dólares e o Wells Fargo em 1,6 mil milhões.
O risco de os clientes não pagarem os seus empréstimos “parece já ter passado”, considerou o analista Ken León, do gabinete CFRA.
Entretanto, os conglomerados financeiros aproveitaram bem a intensa atividade nos mercados financeiros no início do ano, onde os índices bateram recordes e as introduções em bolsa se multiplicaram.
O Goldman Sachs viu o volume de negócios da sua atividade de banco comercial – que inclui, por exemplo, a ajuda às empresas a obterem dinheiro no mercado ou a fazerem operações de fusão-aquisição – subir 73%.
No JPMorgan, as receitas deste segmento de negócio aumentaram 46%.
“Agora, a questão é a de saber se o desempenho do primeiro trimestre se pode repetir até ao final do ano”, observou Leon. “De momento, tanto as empresas como os investidores parecem dispostos a continuar a assumir riscos (…). O momento é ideal para a banca comercial”.
Um dos riscos que existem no mercado é o de a aceleração do crescimento fazer subir a inflação e incitar o banco central norte-americano a elevar o custo do dinheiro, disse o presidente do Goldman Sachs, David Solomon. Mas isto não é provável “a curto prazo”, acrescentou.