A análise de Vanda de Jesus, Co-CEO do Doutor Finanças
Os gestores e líderes que participaram neste barómetro foram claros: para o próximo Orçamento do Estado, é prioritário garantir crescimento económico (66%), aliviar a carga fiscal no IRS (60%) e no IRC (56%), e actuar na habitação (44%). Estes pilares são determinantes para criar condições de estabilidade e competitividade. A realidade que me é mais próxima – no Doutor Finanças – confirma esta urgência: metade das pessoas que nos procura não encontra casa para comprar ou não consegue pagar uma casa. Sem medidas concretas nos impostos, nos rendimentos e nas políticas de habitação, será difícil inverter esta realidade. Por outro lado, 68% dos líderes avaliam como favoráveis as reformas do Estado já anunciadas. Pela minha experiência, destaco a criação do Ministério da Reforma do Estado, com a dupla vertente de simplificação e redesenho de processos, e a aposta tecnológica, que têm de andar de mãos dadas para gerar impacto sistémico. Saliento também o reforço de estruturas como a AMA (agora ARTE) e a nova figura do CTO da Administração Pública. Modernizar o Estado, garantir serviços digitais eficazes e não ter medo da mudança são passos essenciais para aproximar o Estado das pessoas e das empresas. Reformar não é apenas reorganizar – é criar valor real na economia, melhorar a vida das pessoas e construir um futuro mais sustentável e inclusivo.
Testemunho publicado na edição de Outubro (nº. 235) da Executive Digest, no âmbito da XLIV edição do seu Barómetro.














