A análise de Luís Paulo Salvado, CEO da Novabase
A principal mensagem do barómetro é clara: as empresas e as suas lideranças mostram resiliência e pedem ao Estado que não complique – e, se possível, ajude. Apesar da elevada incerteza e dos conflitos actuais, a grande maioria diz não sentir impacto relevante no desempenho. As tarifas americanas dividem: uma parte aponta para um impacto negativo e outra para um efeito neutro. Quanto ao acordo UE-EUA, prevalece o pragmatismo: mais de dois-terços aceitam-no como “o acordo possível”. Nas reformas do Estado, o tom é mais positivo – também mais de dois-terços classificam-nas como favoráveis – mas na legislação laboral pede-se mais ambição, considerando a proposta insuficiente. Para 2026, as prioridades são claras: crescimento económico, menor carga fiscal e políticas de habitação. Curioso que na redução de impostos, o IRS até ganha ao IRC. Sinal de preocupação com a competitividade salarial do País ou porque os gestores também sentem esse impacto de forma directa?
Testemunho publicado na edição de Outubro (nº. 235) da Executive Digest, no âmbito da XLIV edição do seu Barómetro.
