O verão chega já no próximo sábado, dia 20 de junho,, e para assinalar a data a ‘Executive Digest’ contactou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que fez o retrato àquilo que podemos esperar do tempo até ao final de setembro.
Na previsão sazonal (que inclui os três meses de verão) o IPMA afirma que o restante mês de Junho vai registar uma «anomalia negativa na temperatura média», isto significa que é esperado um clima com temperaturas mais baixas, mas menos quantidade de precipitação comparativamente à média normalmente verificada nesta época do ano.
Contudo, se nos focarmos apenas na precipitação total mensal, o mês de Junho «conta com uma anomalia positiva», ou seja mais chuva, cerca de 5 a 15 mm no território continental e Arquipélago da Madeira, segundo o IPMA.
No que diz respeito aos meses que se seguem, de Julho e Agosto, «a anomalia passa a ser positiva, de 0.25 graus a 0.5 graus», ou seja esperam-se «temperaturas mais elevadas e uma maior quantidade de precipitação do que aquilo a que estamos habituados».
No mês de Julho, a subida de temperatura afecta sobretudo «as regiões sul, faixa interior centro do território continental e Arquipélago da Madeira» e no mês de Agosto «apenas o interior norte do território continental». O IPMA ressalva ainda que «não existe sinal significativo na anomalia da temperatura para o mês de Setembro sobre todo o território continental e ilhas».
Resumindo, a previsão sazonal elaborada pelo IPMA «indica anomalias positivas na temperatura média, ou seja Julho e Agosto serão em termos médios mais quentes do que o habitual para as regiões referidas. No caso da precipitação total os resultados não são conclusivos», desta forma é esperado que nos mesmos meses este indicador esteja próximo do habitual para a época do ano.
Recorde-se que o mês de Julho do ano passado foi, em termos globais, o mais quente de sempre (desde que há registos meteorológicos). O último registo semelhante tinha acontecido em Julho de 2016. Por esse motivo, segundo a previsão do IPMA, se este ano os termómetros vão subir ainda mais, existe a hipótese de Julho de 2020 ficar para a história como o mês mais quente de que há memória.
De ressalvar que o IPMA baseou a sua análise na última previsão sazonal do ‘Copernicus Climate Change Service’, o serviço meteorológico da União Europeia (UE), disponibilizada a 15 de Junho de 2020, para o período alargado de Verão, que corresponde aos meses de Junho a Setembro de 2020.
Dada a antecedência da previsão meteorológica não é possível mencionar números concretos, visto que o IPMA apenas o faz com uma antecedência de sete a dez dias.
