Com as recentes oscilações no mercado de energia em Portugal, têm surgido discussões sobre quais as modalidades de contrato que oferecem mais vantagens ao consumidor. Entre essas opções, a tarifa indexada destaca-se como uma potencial oportunidade de poupança, mas será esta uma escolha viável?
A tarifa indexada é uma modalidade de contrato de fornecimento de energia em que o preço da eletricidade não é fixo, variando conforme as flutuações do mercado grossista de eletricidade.
No site do OMIE, é possível acompanhar a evolução do preço da eletricidade. Uma das principais vantagens desta tarifa é a possibilidade de beneficiar de preços mais baixos durante períodos de descida no mercado grossista. No entanto, esta volatilidade pode aumentar a insegurança do consumidor e a sua exposição à instabilidade dos preços. Em comparação, a tarifa fixa apresenta estabilidade de preços, com uma maior segurança para o cliente. A questão essencial é: o risco compensa a poupança potencial?
Para responder a esta questão, a Selectra, especialista em tarifas de energia, realizou uma análise comparativa entre a tarifa indexada e fixa. Considerando o mês de julho de 2024, estimou-se o valor médio mensal da fatura para um casal sem filhos, com um consumo anual de 1900 KWh e uma potência contratada de 3,45 kVA, e um casal com dois filhos, com um consumo anual de 5000 KWh e uma potência contratada de 6,9 kVA :

Apesar dos valores apresentados serem de alguma forma atrativos, os preços da tarifa indexada têm vindo a aumentar, com agosto a seguir essa tendência. Devido à sua volatilidade, esta tarifa é mais indicada para consumidores que acompanham o mercado de perto e estão preparados para mudar de comercializadora conforme necessário.













