Reina a discórdia entre os sindicatos que representam os trabalhadores da Groundforce: Cinco mantêm o pré-aviso de greve para os dias 31 de julho e 1 e 2 de agosto. Há outros três que recuaram, contabiliza hoje o ‘Correio da Manhã’.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal e o Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação – os que têm o maior número de filiados – mantêm a decisão, enquanto os sindicatos dos Técnicos de Handling de Aeroportos, das Indústrias Metalúrgicas e Afins e dos Economistas anunciaram esta quinta-feira que retiraram o pré-aviso de greve, como indica o ‘CM’.
Depois de uma reunião no Ministério das Infraestruturas, na tarde da passada quarta-feira, sobre o futuro da SPDH/Groundforce, o SITAVA congratulou o Executivo por finalmente ter posto fim “ao bloqueio que tanto mal tem feito à empresa” e à “angústia e instabilidade” que tem assolado os trabalhadores da empresa.
“Finalmente a Pasogal está de saída e a empresa vai iniciar nova vida, que se deseja longa, estável, próspera e mais amiga dos trabalhadores”, avança o sindicato num comunicado enviado à Executive Digest.
“Esta foi, quanto a nós, a determinante alteração qualitativa que abriu portas para que tudo aquilo que estava bloqueado pudesse começar a realizar-se”, pode ainda ler-se no documento.
O Governo confirmou esta quarta-feira que a TAP vai pagar diretamente aos trabalhadores da Groundforce o valor correspondente ao subsídio de férias e às anuidades em atraso.
“Esta foi a solução encontrada para ultrapassar a recusa na semana passada da administração da Groundforce em aceitar a transferência da TAP que permitiria o pagamento aos trabalhadores do subsídio que lhes era devido”, adiantou a tutela de Pedro Nuno Santos.
“Bem sabemos o quão difícil foi, e está a ser, suportar todas as contrariedades por que os trabalhadores têm passado, mas a solução agora encontrada, após a decisão dos tribunais que acabaram com as “manobras de diversão” do ainda presidente do CA, vêm demonstrar que a estratégia do SITAVA em apostar como única solução, na alteração da estrutura acionista, afastando da empresa o “capitalista sem capital”, como ele próprio se intitulava, estava certa”, conclui o sindicato, apontando o dedo a Alfredo Casimiro.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.














