Em 2019, Volodymyr Zelensky foi eleito Presidente da Ucrânia por uma larga margem, mas mesmo assim, muitos cidadãos mostraram-se céticos com o facto de ser comediante e ter pouca, ou nenhuma, experiência em cargos políticos.
Num momento em que o país que lidera está a ser atacado pelas tropas russas, a imagem de Zelensky mudou. O ex-comediante já é aplaudido em todo o mundo pela sua calma a lidar com o assunto, pela forma clara como comunica com os seus cidadãos e pela lealdade que mostra ao povo ucraniano – tudo características de uma boa liderança.
Zelensky não quer ser evacuado e quer continuar no terreno com os seus compatriotas, mostrou com as declarações que já correm o mundo: “A luta é aqui; preciso de armas, não preciso de boleia”.
Por isso, o que é que os líderes empresariais podem retirar desta liderança?
Segundo a ‘Fortune’, primeiro que tudo, a abordagem de Zelensky à guerra mostra que é possível lidar através de um período de crise de forma eficaz e mobilizar equipas a colaborar e a progredir em conjunto.
Em declarações ao site, David Rock, fundador e CEO do NeuroLeadership Institute, diz que Zelensky “está a mostrar provas de uma forte autorregulamentação, ou a capacidade de se manter calmo quando está sob pressão. Estas são características cruciais para uma tomada de decisões certa numa crise”.
O segundo aspeto importante é a solidariedade demonstrada. Em todas as comunicações que faz aos ucranianos, pelas suas próprias redes sociais ou por canais do governo, o Presidente da Ucrânia comunica com urgência, transparência e empatia — de forma a afastar o medo e dar a sensação que está tudo controlado através da confiança.
Esta confiança que os ucranianos têm ganho em Zelensky tem feito com que haja mais ajuda no terreno e uma maior mobilização e apoio entre cidadãos. Daqui, os líderes empresariais podem aprender que, se os seus funcionários tiverem confiança na chefia, mais facilmente dão a cara pela empresa e ajudam a concretizar os objetivos desta.
Concluindo, muitas vezes os antecedentes não interessam, pois os bons líderes podem ser pessoas inesperadas. O que importa é saber liderar através da democracia e não através do medo e do controlo. E as empresas podem seguir estes mesmos princípios.














