Marca Jumbo desaparece e passa a chamar-se Auchan por todo o país

O diretor geral da Auchan Retail Portugal, Pedro Cid, disse hoje que a empresa quer crescer na Grande Lisboa e triplicar o número de lojas Auchan atualmente existentes de forma a garantir uma “cobertura completa” da região.

A empresa — que lança hoje a marca Auchan enquanto insígnia única de todas as suas lojas, despedindo-se da marca Jumbo — tem atualmente cerca de 30 lojas na Grande Lisboa (de um total de 80 lojas físicas existentes no país).

“Na Grande Lisboa queremos chegar às 80/90 lojas no mínimo. Temos 30 neste momento”, disse Pedro Cid, referindo que a prioridade da empresa de capital maioritariamente francês é garantir “a cobertura completa” da região antes de partir para outras localizações.

Pedro Cid falava em conferência de imprensa a propósito da inauguração da remodelação da loja de Alfragide, resultado de um investimento de oito milhões de euros e que marca o lançamento da marca Auchan enquanto insígnia única de toda a sua rede de lojas e o desaparecimento da marca Jumbo.

“Esta alteração vem reforçar o compromisso da empresa em Portugal, representando um investimento total de 90 milhões de euros, dividido entre o lançamento da marca e a abertura de novas lojas”, disse o responsável.

A mudança e ‘rebranding’ da marca, que entrou há 50 anos em Portugal como Pão de Açúcar, tinha já sido anunciada em abril e custou cerca de três a quatro milhões de euros.

“Mudar a marca foi uma decisão consciente e não fácil. Queremos construir um projeto para os próximos 50 anos”, disse aos jornalistas, referindo que mais do que mudar a marca a empresa quer mudar a forma de estar e de agir, propondo vários formatos e marcas que defendem “O bom, o são e o local”, o novo ‘slogan’ da rede de distribuição que conta com cerca de 9.000 trabalhadores em Portugal.

“O compromisso com o local exprime-se pela escolha prioritária da produção nacional, pelo que 88% das compras de produtos são, neste momento, com produtores nacionais”, disse Pedro Cid, referindo que a empresa trabalha atualmente com 160 produtores locais.

Estes são produtores com sede na zona de influência da loja (raio de 50 quilómetros), o que garante a proximidade da produção e o conhecimento do produto.

Entre as novas aberturas, Pedro Cid destacou a nova loja de Paço de Arcos, a primeira a abrir de raiz com a insígnia Auchan e a renovação da loja da Amadora que está para breve e custará 3,5 milhões de euros.

Atualmente, o parque de lojas da cadeia é composto por 29 unidades de proximidade (‘My Auchan’), 24 hipermercados, 10 supermercados e 21 gasolineiras, estando o formato disponível também em ‘franchising’.

Questionado sobre o projeto de Cascais, que implica a deslocação do atual hipermercado para um local “muito próximo, uns metros ao lado”, Pedro Cid avançou que a nova loja resultará de um investimento de 18/19 milhões de euros e a sua conclusão, que prevê a construção de um hipermercado de dimensão equivalente à do atual, está prevista acontecer nos próximos três anos.

Questionado sobre o panorama do setor da distribuição em Portugal, com a entrada recente de um operador, o espanhol Mercadona, Pedro Cid reconheceu que este é atualmente “extremamente concorrencial”, mas que a postura da Auchan será sempre a de “criar valor”, “dando aquilo que é mais interessante ao cliente”.

Nas novas lojas, também a questão ambiental é valorizada, através da redução do desperdício — 90% do desperdício, cerca de 2,7 milhões de euros, é valorizado ou doado — e do espaço avulso, onde é possível adquirir uma grande variedade de artigos a granel.

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