Mais de metade dos operadores logísticos preveem crescer em 2025

Segundo o estudo Logistics Confidence Index Portugal 2025, divulgado pela CBRE, 57% dos operadores logísticos esperam um crescimento nas suas receitas este ano, enquanto 58% planeiam realizar investimentos significativos, com foco na eficiência e competitividade das suas operações.

André Manuel Mendes
Julho 9, 2025
13:28

O setor logístico português continua resiliente e com intenções claras de investimento, mesmo num cenário económico mais exigente.

Segundo o estudo Logistics Confidence Index Portugal 2025, divulgado pela CBRE, 57% dos operadores logísticos esperam um crescimento nas suas receitas este ano, enquanto 58% planeiam realizar investimentos significativos, com foco na eficiência e competitividade das suas operações.

Apesar de o índice de confiança ter recuado ligeiramente para 51,7% – menos 2,5 pontos face a 2024 –, o setor mantém uma atitude proativa. A Grande Lisboa reforça o seu papel como principal hub logístico do país, destacando-se pela atratividade e pela concentração da maioria dos projetos de expansão.

A escassez de oferta de espaços logísticos continua a ser um dos principais desafios do setor. A taxa de disponibilidade é de apenas 2,8% em Lisboa e inferior a 1% no Porto, valores significativamente abaixo da média europeia. Esta limitação tem impulsionado os preços: desde o início da pandemia, as rendas prime por metro quadrado subiram 50% em Lisboa e 70% no Porto.

Apesar das restrições, a dinâmica comercial mantém-se forte. Em 2024, o volume de espaço arrendado rondou os 427 mil m², e os primeiros dois trimestres de 2025 seguem a mesma tendência positiva, com destaque para operações como a da Go Logistics no VGP Park Sintra, a IsKayPet no Logplace e a HomyCasa no Panattoni Park Valongo.

O estudo da CBRE aponta ainda fatores estruturais que sustentam o otimismo do setor, como o crescimento do e-commerce, a modernização das infraestruturas e a reorganização das cadeias de abastecimento. A aposta em modelos logísticos mais flexíveis, digitalizados e sustentáveis, com critérios ESG bem definidos, será determinante para a competitividade futura do setor logístico português.

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