Italianos compram gigante nortenha do setor automóvel

O Gruppo Mastrotto SpA adquiriu uma participação maioritária na Coindu – Componentes para a Indústria Automóvel, S.A., através de uma contribuição de capital destinada a apoiar o relançamento do negócio.

Fundada em 1988, em Portugal, a Coindu é especializada no design e fabrico de interiores de couro e têxteis de alta qualidade para automóveis, com destaque para a produção de capas para assentos e peças decorativas para interiores.

O Gruppo Mastrotto, criado em 1958 em Itália, é um dos maiores fornecedores mundiais de couro de alta qualidade para diversos setores, como automóvel. Para os italianos, esta operação representa um avanço na integração vertical, com a ambição de oferecer soluções de interiores para automóveis de ponta a ponta, reforçando assim a sua competitividade no mercado global.

Para além disso, ambas as empresas têm o compromisso de expandir para o segmento de luxo, esclarece o grupo italiano em comunicado.

Apesar da nova estrutura acionista, a família Gomes continuará a deter uma participação minoritária na Coindu, e a atual equipa de gestão permanecerá em funções estratégicas. António Cândido, CEO da Coindu, manter-se-á na liderança da empresa, reportando-se diretamente aos acionistas.

Chiara Mastrotto, Presidente do Gruppo Mastrotto, afirmou que “este acordo estratégico alinha-se com os nossos planos de crescimento, reforçando os nossos negócios por meio da integração downstream e desbloqueando potenciais sinergias em estruturas de receita e custo. Ao combinar a expertise com a da Coindu, fortaleceremos a nossa proposta de valor global, entregando soluções aprimoradas em todo o setor automóvel.”

António Cândido, CEO da Coindu , acrescentou que, “graças a essa sinergia, poderemos oferecer um serviço integrado aos nossos clientes e responder ainda mais efetivamente às necessidades do mercado, aprimorando as capacidades de produção e o know-how técnico. A Coindu manterá sua marca, estratégia de produção inovadora e independência de mercado.”

A transação contou com o apoio jurídico dos escritórios Chiomenti, Cuatrecasas e da consultoria Deloitte.

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