Drones já são a principal causa de morte de civis na Ucrânia, alerta ONU

Os drones aéreos de curto alcance emergiram como a principal causa de mortes de civis na Ucrânia em janeiro de 2025, de acordo com a missão de monitorização da ONU. Este dado salienta o aumento exponencial do uso de drones durante os três anos de guerra com a Rússia.

Pedro Gonçalves
Fevereiro 11, 2025
11:49

Os drones aéreos de curto alcance emergiram como a principal causa de mortes de civis na Ucrânia em janeiro de 2025, de acordo com a missão de monitorização da ONU. Este dado salienta o aumento exponencial do uso de drones durante os três anos de guerra com a Rússia.

Em janeiro de 2025, a missão da ONU registou pelo menos 139 civis mortos e 738 feridos. Destes, 27% dos óbitos e 30% dos ferimentos foram causados por drones de curto alcance. A ONU reporta que quase 12.500 civis, incluindo 650 crianças, perderam a vida na guerra. No entanto, a organização frisa repetidamente que este número é uma subestimação, uma vez que apenas inclui as mortes que as suas equipas conseguiram verificar.

Os drones aéreos, inicialmente considerados uma ferramenta auxiliar no início da guerra, transformaram-se numa das armas mais importantes no campo de batalha. Tanto a Ucrânia como a Rússia produziram bem mais de um milhão de drones cada em 2024.

“Os nossos dados mostram um padrão claro e perturbador de drones de curto alcance a serem usados de forma a colocar os civis em grave risco”, afirmou Danielle Bell, chefe da missão de monitorização da ONU, num comunicado de imprensa.

Bell acrescentou que “as câmaras a bordo (dos drones) deveriam permitir aos operadores distinguir com um maior grau de certeza entre civis e objetivos militares, no entanto, civis continuam a ser mortos em números alarmantes.”

A Rússia nega ter como alvo deliberado civis, embora muitos milhares tenham sido mortos desde que lançou uma invasão em grande escala do seu vizinho em fevereiro de 2022. A guerra na Ucrânia continua a ceifar vidas civis, com os drones a desempenharem um papel cada vez mais devastador.

Partilhar

Edição Impressa

Assinar

Newsletter

Subscreva e receba todas as novidades.

A sua informação está protegida. Leia a nossa política de privacidade.