Crise no setor automóvel: Stellantis admite “dialogar” com outros fabricantes para enfrentar riscos do setor

A Stellantis, segundo maior grupo automóvel da Europa e detentora de marcas como Peugeot, Citroën, Fiat e Opel, anunciou a sua intenção de regressar à Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA). A decisão marca o regresso à organização, após a saída no final de 2022, impulsionada pelo anterior CEO, Carlos Tavares.

André Manuel Mendes
Dezembro 11, 2024
15:17

A Stellantis, segundo maior grupo automóvel da Europa e detentora de marcas como Peugeot, Citroën, Fiat e Opel, anunciou a sua intenção de regressar à Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA). A decisão marca o regresso à organização, após a saída no final de 2022, impulsionada pelo anterior CEO, Carlos Tavares.

“A indústria automóvel europeia está num momento crítico, com uma profunda transformação em andamento em direção à mobilidade líquida zero, com novas forças competitivas e um ambiente internacional em rápida mudança. Nesta conjuntura importante, a Stellantis considera importante dialogar e desenvolver um entendimento partilhado dos riscos e formas de enfrentá-los juntos. A Stellantis acredita que a ACEA é a plataforma certa para isso”, escrevem em comunicado.

A adesão à ACEA, prevista para 1 de janeiro de 2025, está sujeita à aprovação do Conselho de Administração da associação.

“O compromisso da Stellantis com a transição da eletrificação é profundo, alavancando nossa tecnologia multienergética, e assumimos com grande responsabilidade os desafios enfrentados pela indústria automotiva europeia. Consideramos a ACEA o fórum certo para nos envolvermos com nossos pares e partes interessadas e construirmos em conjunto um roteiro para dar suporte a toda a cadeia de valor”, disse Jean-Philippe Imparato, COO da Stellantis Enlarged Europe.

Este anúncio surge num momento de especulação sobre uma possível fusão entre a Stellantis e o Grupo Renault, liderado por Luca de Meo. Ainda assim, a Stellantis reforça a necessidade de diálogo para enfrentar as mudanças na indústria automóvel europeia e global.

O grupo, que também detém marcas americanas como Chrysler, Jeep, Dodge e Ram Trucks, é atualmente o quarto maior fabricante automóvel do mundo, atrás do Grupo Volkswagen, Toyota e Hyundai-Kia.

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