Criaram-se menos empresas e registaram-se mais insolvências nos primeiros quatro meses do ano
Desde o início do ano até 30 de abril, foram constituídas 18.633 novas empresas em Portugal, o que representa uma quebra de 4,6% face ao mesmo período do ano passado. A descida agravou-se principalmente nos últimos dois meses, principalmente em março.
De acordo com os dados do Barómetro Informa D&B, o setor dos Transportes foi o que registou um maior recuo, com menos 27%, ou menos 657 constituições de empresas, correspondendo a quase três quartos do total das descidas. Em especial a atividade do Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros está a descer consecutivamente desde dezembro de 2023 e no acumulado dos 4 primeiros meses de 2024 já atingiu uma queda de 34% face ao período homólogo.
Entre outros setores que também registam descidas na criação de empresas estão as Atividades imobiliárias, Alojamento e restauração e os Grossistas, com destaque para as atividades do Alojamento mobilado para turistas (-30%; -100 constituições de empresas), Atividades de mediação imobiliária (-17%; -70 constituições de empresas) e os Cafés (-22%; -46 constituições de empresas).
Por outro lado, nos 4 setores onde cresceu a criação de empresas, destaca-se a Construção, que mantém a tendência de crescimento, com mais 153 constituições de empresas que nos 4 primeiros meses do ano passado (+7,0%).
Já os processos de insolvência aumentaram 14% com forte contributo da Indústria do Têxtil e Moda. Neste período, 722 empresas iniciaram um processo de insolvência até final de abril, o que corresponde a um crescimento de 14%, ou mais 86 processos de insolvência face ao período homólogo, mantendo-se a tendência que se verificou no último ano.
Esta subida é maioritariamente suportada pelo setor das Indústrias (+90%; +105 processos de insolvência), já que na maioria dos setores de atividade o número de empresas que iniciaram um processo de insolvência desceu, muito concentrado nas empresas de Têxtil e Moda (+176%; +88 processos de insolvência), nomeadamente nas atividades de Fabricação de calçado (+513%; +41 processos de insolvência) e Confeção de outro vestuário exterior em série (+145%; +32 processos de insolvência).
No que respeita a encerramentos, até 30 de abril, encerraram 3 997 empresas,, uma quebra de 7,7% face ao período homólogo, sendo que à data hoje ainda existem publicações a serem efetuadas pelo Registo Comercial.