Ataque informático: Hackers do Lapsu$ Group escrevem “Vodafone” na sua conta do Telegram mas não admitem ser os autores

Acompanhado da palavra está um um ‘emoji’ a indicar que os hackers estão a observar o que está a acontecer em Portugal.

Revista de Imprensa
Fevereiro 9, 2022
8:49

Piratas informáticos do Lapsu$ Group – autores do ataque informático ao Grupo Impresa no início deste ano – escreveram a palavra “Vodafone” na sua conta do Telegram, mas sem reivindicar o ciberataque à empresa, avança o ‘Expresso’.

Segundo a mesma publicação, acompanhado da palavra está um um ‘emoji’ a indicar que os hackers estão a observar o que está a acontecer em Portugal, numa altura em que as autoridades ainda estão a tentar encontrar os autores do incidente.

Para já não há qualquer pedido de resgate por parte dos atacantes da Vodafone, tal como confirmou ontem o diretor da unidade de cibercrime da Polícia Judiciária, Carlos Cabreiro.

Em conferência de imprensa, o responsável disse que o incidente estava a ser investigado como um único ataque. “Estamos a falar exclusivamente de um ataque informático, um crime informático. As notícias que deram conta de que existiriam outros alvos ou outros ataques informáticos sobre outras instituições não correspondem à verdade”, esclareceu.

Segundo Carlos Cabreiro, ainda é “prematuro” associá-lo a outros ataques que tenham ocorrido nos últimos tempos, como foi o caso do Grupo Impresa ou do site do Parlamento. “Não excluímos essa hipótese, mas não temos esses dados”, sublinhou, adiantando que as autoridades estão a investigar.

Recorde-se que a Vodafone assumiu ontem que foi alvo de um ciberataque na segunda-feira e disse que não tem indícios de que os dados de clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos, estando determinada em repor a normalidade dos serviços.

Numa nota divulgada, a empresa lamentou os transtornos causados aos clientes e informou que tem “uma equipa experiente” de profissionais de cibersegurança que, em conjunto com as autoridades competentes, está a realizar uma investigação aprofundada “para perceber e ultrapassar a situação”.

O CEO da Vodafone, Mário Vaz, disse esta terça-feira que na análise efetuada, “detetámos que a situação teve origem num ato terrorista e criminoso dirigido à nossa rede. Um ato que tornou indisponível os nossos serviços”.

“O objetivo deste ataque foi claramente tornar indisponível a nossa rede, com um nível de gravidade que dificulta ao máximo a recuperação dos serviços”, sublinhou.

 

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