Há cada vez mais portugueses a fazer pagamentos através do MBWay, com as compras através da aplicação a disparar 308% apenas na primeira quinzena de Novembro, quando comparadas com o mesmo período de 2019, uma variação que pode ser explicada pela pandemia da Covid-19.
Esta é uma das conclusões de uma análise da SIBS Analytics, a que a ‘Executive Digest’ teve acesso, sobre o consumo em Portugal, tanto no comércio físico como no online. O MBWay «destacou-se de forma muito expressiva» este ano, nos dois tipos de compras, «assumindo-se como um dos métodos de pagamento preferidos dos portugueses».
No que diz respeito às compras em loja através da aplicação, os dados mostram um crescimento exponencial ao longo de todo o ano (face ao anterior), sendo que no período compreendido entre Julho e Outubro a subida foi particularmente expressiva, de 350%. Contudo, a informação que mais se destaca é a subida igualmente significativa de 308% apenas nos primeiros quinze dias deste mês de Novembro, em relação à mesma altura de 2019.
Relativamente às compras online pelo MBWay o aumento foi também significativo, registando-se um crescimento de 247% na primeira quinzena de Novembro, comparativamente ao mesmo período do ano passado. Aqui, destaca-se ainda o período de Julho a Outubro, quando a subida foi de 222%.
Saindo do MBWay para um «panorama mais alargado», segundo os dados da SIBS Analytics, 2020 começou com um aumento de 11% nas compras físicas, nos meses de janeiro e Fevereiro (altura e que a pandemia ainda não tinha entrado em Portugal) face ao ano passado. No entanto, o confinamento e o Estado de Emergência que se seguiram, contribuíram para uma «queda abrupta» de mais de 30%.
Os dados mostram também que nos meses de Maio e Junho, ainda que a quebra continuasse acima dos 20%, verificou-se o inicio de uma «recuperação lenta mas contínua», que contribuiu para que no mês de Outubro fosse quase possível chegar ao mesmo número de compras físicas do que em 2019. «Em novembro, com o regresso de medidas restritivas, a quebra voltou a ultrapassar os 10%».
No que diz respeito às compras online, a tendência foi de crescimento este ano face ao anterior, contrariando a «tendência geral de quebra de consumo». Ainda assim observaram-se algumas variações: Em Janeiro e Fevereiro registou-se um crescimento de 40%, contudo nos dois meses seguintes a subida foi de apenas 12%. A partir de Maio o comércio online voltou a recuperar.
«As compras online foram também menos afetadas pelas novas medidas restritivas de novembro, continuando com crescimento homólogo semelhante aos 4 meses anteriores, como referido acima», revela o relatório, que acrescenta que na primeira quinzena de Novembro, os portugueses gastaram em média 36,2 euros em compras físicas e 34,4 euros em compras online, «com uma variação de valor ao longo do ano de cerca de -4% e -7%, respetivamente».
Na análise por setores, no comércio físico, os Super & Hipermercados, Pequena distribuição alimentar, Farmácias e Parafarmácias tiveram o maior peso ao longo de todo o ano, sendo que nos meses do confinamento (Março e Abril) esse peso foi de 60%. Atualmente corresponde a 49% das compras em loja.
Já no comércio online, os setores com maior peso são: Entretenimento, Cultura e Subscrições, Comércio Alimentar & Retalho, Restauração, Food Delivery e Take Away, que «representaram uma grande fatia das transações durante todo o ano, correspondendo neste momento a 40% do total de compras», conclui a nota.














